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terça-feira, 5 de março de 2013

QUAL A DIFERENÇA OU QUEM É MAIOR ENTRE: BISPO, PRESBÍTERO E PASTOR?











Bem, neste domingo (26/06/2011), após a escola bíblica dominical eu estava conversando com diácono Claudio Luís (presidente do corpo diaconal de nossa igreja). Pois estamos tratando nos estudos dominicais o tema AUTORIDADE ESPIRITUAL, e o mesmo me confessou que em sua classe surgiu à pergunta: O bispo é maior que o pastor, que é maior que o presbítero? 
Então resolvi apresentar este singelo estudo sem ter a pretensão de esgotar o assunto, mas sim tirar a dúvida de muitos servos de Deus.
TEOLÓGICAMENTE FALANDO NÃO EXISTE DIFERENÇA ENTRE: BISPO, PRESBÍTERO E PASTOR.
Pastores, bispos e presbíteros não são três ofícios diferentes, e sim três palavras que descrevem aspectos diferentes dos mesmos homens. 
Se na sua igreja há: Um bispo, um pastor e dois presbíteros. Você pode dizer que existem lá (quatro) pastores. Você que esta com dúvida ainda, por um relevante motivo, pois eu não mencionei nenhum texto bíblico para embasar o que estou falando, vamos lá...   
No Novo Testamento, encontramos muitas referências aos presbíteros/ bispos. Descobrimos em Atos 20:17 e 28 que esses dois termos se referem aos mesmos homens (veja, também, 1 Pedro 5:1-2, onde os presbíteros pastoreiam).
Não existe nenhuma base bíblica para usar o termo "bispo" para descrever um cargo, "pastor" para outro e "presbítero" para ainda outro, bispos e presbíteros são os mesmos servos. Lendo o livro de Atos, achamos vários  versículos que mencionam presbíteros: na Judéia (11:30); em cada igreja na Ásia Menor (14:23); em Jerusalém (15:2,4,6,22,23; 16:4); da igreja em Éfeso (20:17,28) e, mais uma vez, em Jerusalém (21:18). As epístolas, também, se referem aos homens que pastoreavam as igrejas: "bispos" em Filipos (Filipenses 1:1); "o presbitério" (1 Timóteo 4:14); "presbíteros que há entre vós" (1 Pedro 5:1; aqui aprendemos que Pedro era presbítero, um dos dois apóstolos assim identificados—veja 2 João 1 e 3 João 1).
O trabalho dos presbíteros inclui várias funções importantes: pastorear (Atos 20:28; 1 Pedro 5:2); ensinar (Efésios 4:11-16; Tito 1:9); ser modelos (1 Pedro 5:3); presidir (1 Timóteo 5:17); vigiar (Atos 20:31); exercendo o presbitério por amor e não por ganância (I Pd. 5:2),velar por almas (Hebreus 13:17); guiar (Hebreus 13:17); cuidar/governar (1 Timóteo 3:5); ser despenseiro de Deus (Tito 1:7); exortar (Tito 1:9); calar os enganadores (Tito 1:9-11); etc.
        Observamos em todos os exemplos bíblicos que as igrejas que tinham presbíteros sempre tinham mais de um. Seja em Jerusalém, Éfeso, Filipos ou outro lugar, sempre fala dos presbíteros no plural. A prática comum nas igrejas de hoje, de ter um só pastor numa congregação, não tem nenhum fundamento bíblico.
        No século I, cada comunidade cristã era governada por um grupo de presbíteros ou bispos, de modo que não havia apenas um obreiro para fazer tudo que um pastor faz nos dias atuais. Apenas no século II o bispo passou a dirigir várias igrejas.
        Você pode esta se perguntando: como surgiu o conceito de bispo com autoridade divina sobre os pastores? Ele evoluiu entre os homens, jamais da verdade eterna de Deus. Encontramos alguns resquícios desse conceito nos escritos da Igreja Primitiva. Irineu, no segundo século cristão, refere-se aos bispos como sucessores dos apóstolos tanto no ensino como na administração das igrejas. Hipólito afirma que somente os bispos tinham autoridade para ordenar pastores. Vemos aqui um passo em direção ao desvio da Bíblia e mais próximo do papado romano.
SERÁ QUE PRECISAMOS DE MAIS TEXTOS BÍBLICOS PARA ENTENDER QUE NÃO EXISTE DIFERENÇA ENTRE OS OFÍCIOS DE PRESBÍTEROS, BISPOS E PASTORES. Querem mais, vamos lá então...
        Observe que a palavra de Deus nos diz “está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros...” Tg. 5:14, porque não diz; chamem os pastores ou bispos?
        (Também nas qualificações para alguém liderar a Igreja de Cristo, só aparece os presbíteros e bispos Filipenses 1:1); "o presbitério" (1 Timóteo 4:14); por que não aparece as qualificações de pastores?
        Em (Tt 1:5-9), Paulo orienta Tito estabelecer de cidade em cidade Presbítero ou Bispo nas igrejas e não pastor.
OBS: Vou te trazer uma revelação bíblica que talvez possa te causar espanto, por você nunca ter ouvido “talvez”. Não existe na bíblia o termo “pastor” como um título eclesiástico. O termo é usado metaforicamente para os títulos de presbíteros e bispos.

O Último livro escrito no N.T, não é (apocalipse) como é o senso comum, mas sim (3 João). E João inicia sua carta, endereçado ao presbítero Gaio. Isso demonstra que até o I século da era cristã, não se utilizava o termo pastor como título eclesiástico.

O termo “pastor”, (Gr. Poimen) como líder espiritual é encontrado poucas vezes no Novo Testamento, e essas poucas vezes só se referem a Jesus e a nenhum outro líder (Jo 10.11). “Eu sou bom pastor...” (1 Pe 5.4). “E, quando aparecer o Sumo pastor...” (Hb 13.20). Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor de ovelhas,...

A metáfora pastoral, terminologia favorita de Jesus para expressar sua relação com o povo era a de pastor e ovelha. É, portanto, natural que os encarregados de cuidar do rebanho do Senhor sejam chamados pastores.

Não é fácil para os habitantes do mundo ocidental compreender a relação íntima que existia entre o pastor palestino e suas ovelhas. Nenhuma palavra poderia expressar melhor o cuidado amoroso e a confiança mútua que deveria existir entre o líder espiritual e suas ovelhas do que a palavra “pastor”.

Resumindo – na Bíblia não há diferença entre presbítero, bispo e pastor. (Todos são os mesmos servos)

Tudo que é novo ao nosso conhecimento, criamos automaticamente uma resistência. Analisem os textos e tirem suas próprias conclusões.

Em Cristo, (pastor, presbítero e bispo)
Edmilson Santos

Títulos Eclesiáticos









Conheci uma pessoa que se alguém o chamasse pelo nome próprio e não incluísse o título “pastor” Fulano ele chegava em casa e, segundo me contou um de seus filhos, brigava com a família. Fui informado de um outro caso em que o cidadão brigou em um congresso porque seu crachá trazia o seu nome e não o título “pastor” Beltrano. Conheço algumas denominações que mesmo sem possuir um único prédio próprio para cultos estão repletas de “arcebispos”, “bispos primazes” e “reverendos”, e assim a lista segue.

Por que isto? Seria um problema psicológico de necessidade de auto-afirmação? Ou seria o pecado do egoísmo e da vaidade mesmo?

Se você ler todo o Novo Testamento notará a absoluta falta de títulos eclesiásticos no primitivo cristianismo, quem os apreciava bem eram os fariseus, será que algo mudou neste sentido?

Embora Jesus seja o próprio Deus encarnado, ele não se servia de títulos, Ele não se apresentava como o “Rabino” Jesus ou o “Mestre” Jesus, embora as pessoas pudessem querer chamá-lo assim, e Ele como pessoa divina que era merecia, Ele mesmo se apresentava por seu nome simplesmente, Ele dizia: “Eu sou Jesus” (At 9:5). Mesmo o nome “Cristo” (Messias), não era um título religioso, era um identificador de sua missão divina e era costume judaico alterar ou acrescentar nomes identificativos a pessoas com profundas experiências espirituais, por exemplo: Simão se tornou Simão Pedro (Mt 4:18).

Também os apóstolos eram chamados por seus nomes e não por títulos, assim vemos: Pedro (At 1:15), Matias (At 1:26), João (At 4:19), Paulo (At 13:16), os demais apóstolos (At 1:13); além deles, Maria (At 1:14), os diáconos (At 6:5), outros ministros de Deus (At 4:36; At 8:5; At 11:28; At 13:1, etc.), todos eram chamados por seus nomes e nenhum deles usavam títulos. Por que isto? Porque a glória deve ser exclusivamente de Deus. Mesmo os legítimos obreiros do Senhor não usavam títulos, faziam como João Batista: “Convém que ele [Jesus] cresça e que eu diminua” (Jo 3:30), assim agiam os pregadores bíblicos.

Por que as pessoas amam tanto os títulos eclesiásticos? Porque eles exaltam a pessoa humana, logo, constituí-se em idolatria pessoal, sendo este, um dos mais primevos pecados do homem (Gn 3:5). Quando alguém chega diante de uma congregação e se apresenta como o “reverendo” (digno de ser reverenciado), há uma óbvia exaltação de um ser humano em relação aos outros que seriam meros “leigos”, o mesmo pode se dizer dos termos padre, pastor e bispo, havendo inclusive o arcebispo (um bispo principal, maior e mais importante).

Tudo isto contrasta com a simplicidade do Evangelho. Nele Jesus ensina aos líderes a servirem e serem humildes e não a se exaltarem sobre o rebanho (Mc 10:43-45) e Pedro proíbe a dominação sobre o rebanho de Deus (1Pe 5:3), além do que, ser pastor é pastorear, é uma função e não um título (1Pe 5:2), portanto, quem ensina em seminário teológico, por exemplo, mas não tem e não cuida de um rebanho congregacional não é, biblicamente, um pastor.

Enquanto muitos buscam a glória própria dos títulos, Paulo entendia o ministério como um serviço sacrificial (1Co 4:9-13), não como um meio de enriquecimento e nem de status social e eclesiástico. Tem gente querendo ser tratado de “my lord” (meu senhor).

Já o verdadeiro e único Senhor, a quem somos convidados a imitar (1Co 11:1; Fp 2:5), não tinha nenhum bem material e nem status social (Is 53; Mt 8:20), não se preocupava com pompas, títulos e honrarias humanas.
Hoje, nós os seguidores de Jesus, somos desafiados a uma escolha simples: Procuraremos enaltecer os nossos nomes e ministérios ou buscaremos, exclusivamente, a glória do nome de Deus? A resposta também é simples: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9:23).

Sandro Sampaio.