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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Desmascarada a história do suposto J.R.



J.R.

O nome do tradutor do hino Nº. 1 da Harpa Cristã, segundo consta das diversas edições, leva a sigla J.R. Da mesma forma, os hinos números 5, 8, 84 e 96 também fazem constar as iniciais J.R. como autor do texto em português (tradução/versão).


A tradução ou versão do hino Nº. 1 da Harpa Cristã, em que pese as afirmações do Pastor Jotinha (J.R ou José Rodrigues), atualmente com 98 anos de idade, o qual tem viajado muito pelo Brasil afora, seja nas visitas às igrejas, dando entrevistas, divulgando vídeos na Internet, etc, não está confirmada até o momento.

No dia 2 de dezembro de 2007, o site da Igreja Assembléia de Deus em Santa Monica, estado do Espírito Santo, divulgou um artigo que continha a informação de que “o único da 1ª geração da AD que permanece vivo”. Foi baseado nas informações ali contidas que apresentamos no mês de dezembro de 2007, a primeira postagem deste Blog (Harpa Cristã-Fragmentos Históricos), sobre o único tradutor de hinos que ainda está vivo (segundo a AD de Santa Monica).



Neste endereço: http://web.archive.org/, podem ser encontradas páginas de sites que foram desativadas. O site antigo da Igreja Assembléia de Deus de Santa Monica era: http://www.adsantamonica.com.br. Portanto, no seguinte endereço, ainda podemos resgatar o que constava referente ao pastor Jotinha em dezembro de 2007. Confirme: http://web.archive.org/web/*/http://www.adsantamonica.com.br/secao.asp?secao=noticias&id=404



Desta forma, surgiu o texto abaixo:


Autor da versão do hino 001 da Harpa Cristã "Chuvas de Graça" (dentre outros), o pastor José Rodrigues, de 97 anos, um dos pioneiros da Assembléia de Deus, amigo de Daniel Berg e Gunnar Vingren – fundadores da Assembléia de Deus – José Rodrigues, mais conhecido como J.R. ou “Jotinha”, é o único da 1ª geração da AD que permanece vivo.

Nasceu em Cafarnaum da Galiléia, Israel, em 24 de junho de 1910, no mesmo ano que se iniciava a Igreja Evangélica Assembléia de Deus. Em 1911 seus pais vieram refugiados para o Brasil. Seu nome de origem é Josefus Rerullu.

Autor de diversos corinhos cantados na AD, como o “Eu quero ser senhor amado como um vaso na mão do oleiro...”, que compôs em 1950, muitos hinos da harpa cristã também levam as iniciais J.R. 01, 05, 08, 84, 96, além de outros.

Dentre os hinos de sua autoria, J.R. afirma que o mais cantado é o número 1 da Harpa Cristã Chuvas de Graça. “Todos foram escritos em momentos marcantes da minha vida, mas o Nº 1 é o mais lembrado. Esse hino até os ímpios cantam”. J.R. explicou ainda o segredo que faz os hinos da harpa, apesar de muito antigos, sobreviverem às inovações. “Os hinos avulsos vêm e passam, mas os clássicos da harpa cristã permanecerão até a eternidade. Foi Deus quem inspirou os autores que compuseram em constante oração”.

O Pastor José Rodrigues é uma prova viva da obra que Deus tem realizado ao longo da história e um rico patrimônio da Assembléia de Deus que vai ficar marcado na memória de todos. Um comentário do pastor chama a atenção: não se casou e nunca teve sequer namorada. Uma vida de inteira dedicação à obra de Deus!

NOTA DE ESCLARECIMENTO

No Blog http://dicionariomovimentopentecostal.blogspot.com, foi publicada uma NOTA DE ESCLARECIMENTO, onde são apresentadas algumas inconsistências com relação à autencidade das declarações do pastor "Jotinha", que tem 98 anos de idade, no que tange à autoria das letras (em português) dos hinos 1, 5, 8, 84 e 96. Aqui está, resumidamente, a referida Nota:

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE AUTORIA DOS HINOS DA HARPA CRISTÃ, DE JOSÉ RODRIGUES, INICIAIS J.R., A PROPÓSITO DAS AFIRMAÇÕES DO “PASTOR JOTINHA”

O nome “José Rodrigues” aparece mencionado em duas edições do extinto jornal Boa Semente (publicado pela Assembléia de Deus de Belém do Pará, de 1919 a 1930).

Na edição de 16 de abril de 1919, o pastor Gunnar Vingren, diretor do Boa Semente, no Expediente, página 1, faz um pedido de oração aos leitores para um irmão chamado “José Rodrigues” nas seguintes palavras:

"Orem pelo nosso amado irmão José Rodrigues, nosso auxiliar para que o Senhor lhe dê graça, força e saúde, para que ele continue a dar-nos tão importante auxílio como o que nos vem prestando."

Nesta mesma edição de 1919, foi publicado um hino sob o título “Victoria do Crente”. Abaixo do título aparece, entre parênteses, “Música: Psalmos e Hymnos, n° 401”. Após a última estrofe, aparecem as informações “Pará-1919” e “José Rodrigues”. A letra não é a mesma criada por Justus Nelson e que fora publicada há alguns anos no hinário Salmos e Hinos, mas por meio da informação citada abaixo do título, obviamente, a música é a mesma do N° 401 do Salmos e Hinos, que, por sua vez, tinha a música do “Beulah Land” escrito pelo pastor norte-americano Edgar Page Stites em 1876. A menção “José Rodrigues” no final do texto dá-nos a entender que é o nome de quem criou a nova letra em português e intitulou o hino de “Victoria do Crente”.

Esta letra é a mesma que aparece na 2ª edição da Harpa Cristã, publicada em 1923 e a mesma impressa nas atuais edições sob o título “O Grande ‘Eu Sou”, N° 84, que o “Pastor Jotinha” afirma ser o autor.

Três meses após a essas duas menções do nome “José Rodrigues” no Boa Semente de abril, no Expediente da edição do mesmo jornal em 27 de julho de 1919, pastor Gunnar Vingren dá a notícia de que o irmão “José Rodrigues” para o qual ele havia pedido orações anteriormente, morrera no dia 2 de junho daquele ano. Eis a nota do jornal:

"Em nosso penúltimo número deste jornal pedimos as orações de todos os crentes em Jesus Cristo pelo nosso auxiliar, o irmão José Rodrigues, que o Senhor lhe desse graça, força e saúde para continuação de tão importante auxílio que nos vinha prestando. Mas aprovou a Deus tomar para si o nosso irmão, que dormiu alegre no Senhor no dia 2 de junho. Agora nós viemos pedindo aos nossos irmãos orar ao Senhor nos dê outro auxiliar para suprir a falta do nosso amado irmão em tão importante serviço que nos prestava".

Prossegue o autor do Blog:

"Parece-me, pelas duas notas transcritas, que o “irmão José Rodrigues” havia sido um importante auxiliar de Gunnar Vingren e dos outros recém-chegados missionários, para a redação do jornal Boa Semente. Pois estes, nessa ocasião, ainda dependiam muito de brasileiros para lhes ajudar a redigir corretamente textos e hinos no idioma português. Por esta razão, também parece a mim e a Eliézer Cohen que este “José Rodrigues”, que morreu, bem pode ter sido o mesmo “José Rodrigues” que aparece como autor da letra do hino “Victoria do Crente” impresso na edição de 16 de abril de 1919 do Boa Semente, e, por sua vez, também autor das versões dos hinos 1, 5, 8, 84 e 96. Por outro lado, se este autor “José Rodrigues” é o mesmo José Rodrigues (Pastor Jotinha), nascido em 1910, que vive atualmente no Espírito Santo, ele, então, com apenas nove anos de idade, compôs uma bela letra e fez todo o trabalho de adaptação à métrica da música “Beulah Land”, para que os crentes assembleianos viessem a cantar uma versão em português deste hino americano. Além disso, ele conta em seu testemunho gravado em vídeo na Internet que, por volta de 1915, com 5 anos de idade, retornou com os seus país para Israel, mas não informa quando voltaram para o Brasil."

Transcrição da NOTA DE ESCLARECIMENTO postada posteriormente:

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE AUTORIA DOS HINOS DA HARPA CRISTÃ, DE JOSÉ RODRIGUES, INICIAIS J.R., A PROPÓSITO DAS AFIRMAÇÕES DO “PASTOR JOTINHA”

Aviso aos visitantes deste blog (http://dicionariomovimentopentecostal.blogspot.com).

Durante 33 dias publiquei as informações que possuo até o momento sobre a autoria dos hinos 1 (Chuva de Graça), 5 (Ó Desce, Fogo Santo), 8 (Cristo, o Fiel Amigo), 84 (O Grande "Eu Sou") e 96 (Deixa Penetrar a Luz) da Harpa Cristã constando o nome "José Rodrigues" como autor das respectivas versões.

A referida nota de esclarecimento foi postada aqui tendo em vista o crescente número de telefonemas, e-mails e contatos pessoais, nos últimos meses, solicitando-me confirmação da veracidade histórica das afirmações do pastor José Rodrigues, conhecido como Pastor Jotinha, nascido em 1910, vivendo atualmente no Estado do Espírito Santo, que são de sua autoria os hinos acima mencionados. Elaborei a referida nota como pesquisador da história das Assembléias de Deus há 28 anos e como autor do Dicionário do Movimento Pentecostal.

Reitero mais uma vez, seguindo o meu rigor técnico-científico, imparcial e impessoal, com o qual tenho pautado até hoje todo o meu trabalho de pesquisas e de redação de textos, que as informações publicadas foram as que possuo sobre o assunto até o momento.

CONCLUSÃO
Na pesquisa dos hinos encontramos frequentemente diversas informações que muitas vezes estão incompletas, distorcidas, conflitantes e, muitas vezes, não verdadeiras. Meu pai costuma dizer que: “A vida é como comer peixe. Temos que retirar o que é bom e deixar de lado as espinhas.”

Ao estudar os hinos da Harpa Cristã, inevitavelmente temos que enfrentar obstáculos, tais como: ausência de qualquer ponto de partida, base de dados, fonte de consulta, método, equipe, hinários, livros, bibliografia, etc. A primeira atitude deve ser pedir orientação a Deus para nos conduzir de maneira correta, honesta, sincera, verdadeira, idônea, leal, de tal forma que o trabalho a ser produzido possa refletir, tanto quanto possível, a realidade vivida nos momentos em que os hinos foram escritos tanto pelos autores quanto pelos compositores e tradutores.

Todos os esforços têm sido envidados no sentido de trazer informações dignas de crédito e, portanto, confiáveis. Neste caso, especificamente, somos obrigados a admitir que existem falhas na comprovação de quem foi o verdadeiro tradutor, em vários aspectos.

Em primeiro lugar, o arquivo de documentos oficiais referentes aos históricos dos hinos (se é que existe), ou não está disponível de maneira suficientemente ampla para acesso ou simplesmente não existe. Por exemplo, a 2ª edição da Harpa Cristã, impressa nas Oficinas Irmãos Pangeti, no Rio de Janeiro, em 1923, contava com 300 Hinos. O hino Chuvas de Graça já fazia parte desta edição, sob o Nº. 11 e permaneceu com este número até 1941. Esta informação é muito importante, pois revela que o pastor Jotinha contava apenas com 12 anos de idade, em 1923! Caso esta informação estivesse disponível, com certeza, já no ano de 2007 haveria condições de se confrontar as declarações apresentadas por ele.

Em segundo lugar, temos que admitir que em muitas situações a precariedade de informações contidas na Harpa Cristã, no que tange à disponibilização de dados, inviabiliza trilhar um caminho que nos conduza aos verdadeiros autores, de maneira direta. Exemplo disto são as intermináveis e muitas vezes indecifráveis listas de siglas: J.R., H.M.W., P.L.M., F.V., H.E.N., K., F. da S., etc.

Em terceiro lugar, a inexistência de informações permite as mais diversas histórias que, não raro, baseiam-se em relatos proveniente de imaginações, suposições e outras tantas situações semelhantes. Ao longo de tantos anos, pouco ou nenhum documento foi produzido de maneira ampla, séria, confiável, verdadeira, baseado em fonte de consulta idônea, de forma a permitir o conhecimento real dos nossos hinos para que pudéssemos cantar e louvar a Deus com sabedoria. Portanto, no trabalho de pesquisa temos que garimpar os dados realmente confiáveis e, sempre que possível, apresentar provas.

Em quarto lugar, entendemos que o caso “pastor Jotinha” requer um posicionamento do alto escalão da igreja. Neste último item, cabe lembrar que o silêncio simplesmente admite, consente e concorda com as declarações do pastor Jotinha. Portanto, admite-se como verdade. Afinal, trata-se de um pastor com quase 100 anos de idade, lúcido, saudável, contemporâneo de Daniel Berg e Gunnar Vingren.

Entretanto, se por um lado, somos levados a concluir que o “pastor Jotinha” não está dizendo a verdade com relação à tradução do hino Nº 1 - CHUVAS DE GRAÇA, por outro lado, ironicamente somos obrigados a afirmar que o auxiliar de Gunnar Vingren, mencionado no jornal Boa Semente, “José Rodrigues”, da mesma forma, não reúne elementos suficientes para comprovar que se trata do tradutor J.R. Pelo menos se aplicarmos o rigor técnico, pois em nenhum momento existe qualquer afirmação neste sentido. A menos que façamos uso de imaginação, suposição ou conclusão individual (particular).

Portanto, estamos diante de três possibilidades para o tradutor J.R. não só do hino 1 como também dos hinos 5, 8, 84 e 96:


1) Pastor Jotinha;

2) Irmão “José Rodrigues”, mencionado por Gunnar Vingren como: “nosso amado irmão José Rodrigues, nosso auxiliar para que o Senhor lhe dê graça, força e saúde, para que ele continue a dar-nos tão importante auxílio como o que nos vem prestando."; e

3) Nenhum dos dois.


Lembramos que a dúvida reside apenas no tradutor. Quanto ao autor (letra) e compositor (música) originais não há qualquer dúvida.

Finalizando, é importante esclarecer que não existe qualquer polêmica, debate, afronta, intriga ou algo do gênero, no que se refere a este assunto. É salutar, saudável, louvável e verdadeiramente justo que se submeta à apreciação de tantos quantos estiverem envolvidos e interessados nestas questões, apresentar opiniões, idéias, informações, sugestões, documentos, provas e tudo o que for possível para esclarecimento da verdade. Não existe uma posição definitiva e radical. Como está escrito em Provérbios 11:14: “Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança.

A farsa sobre Jotinha






A farsa sobre Jotinha. Porque ele não foi homenageado nas comemorações do Centenário da AD?






Por meio da verdadeira história dos hinos, cujo texto está publicado abaixo neste blog, e do resultado de uma investigação feita por várias pessoas, entre elas pastores, confirma-se que Jotinha e suas histórias podem se constituir numa farsa.

Na investigação verificou-se que os números do RG e CPF que constam na ficha cadastral do senhor José Rodrigues (Jotinha) na CGADB, sob o Nº 43.610, são os mesmos de José Rodrigues Ferreira cujos dados pessoais são os seguintes: nascido em 22 de junho de 1935, na cidade de São Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro, filho de Pedro Vicente Ferreira e Idalina Rodrigues Ferreira, divorciado em 1987 de Esmeralda da Silva Ferreira, cujo casamento aconteceu em 30/12/1961.

Conclui-se, então, que:

- José Rodrigues (Jotinha) é, na verdade, o senhor José Rodrigues Ferreira.

- José Rodrigues (Jotinha) não nasceu em Israel e nem é filho de judeus. Ele nasceu no Estado do Rio de Janeiro e seus pais são brasileiros.

- José Rodrigues (Jotinha) nasceu em 1935 e tem, portanto, 76 anos.


- José Rodrigues (Jotinha) não pode ter convivido com Gunnar Vingren, porque este morreu em 1933 na Suécia antes de Jotinha ter nascido. Com Daniel Berg, muitos irmãos antigos conviveram com ele porque este viveu no Brasil até 1962.

- José Rodrigues (Jotinha) não teve o tal encontro com a irmã Frida Vingren sobre o hino 126, embaixo de um pé de pitomba, porque Frida e Gunnar Vingren retornaram para a Suécia em 1932 (antes de Jotinha nascer) e nunca mais voltaram (Gunnar morreu em 1933 e Frida em 1940).

- José Rodrigues (Jotinha), diferentemente do que ele afirma, já foi casado e divorciou-se.


Obviamente, José Rodrigues (Jotinha) não poderia sequer ter menção nas comemorações do Centenário das Assembleias de Deus por apresentar uma história que já há algum tempo, pelos motivos expostos acima, tem-se evidenciado não ser verdadeira.


fonte:


http://dicionariomovimentopentecostal.blogspot.com