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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Será que ele não sabe que tudo tem limite?

Humorista ‘Rafinha do CQC’ satirizou Jesus Cristo e ainda disse: “agora eu quero ver o que vão falar”







por Edson Carlos de Oliveira



Groucho Marx já dizia: “acho a televisão muito educativa. Todas as vezes que alguém liga o aparelho, vou para outra sala e leio um livro”.O dito faz parte de um estilo de humor que fala à inteligência e ajuda na reflexão. O oposto dos dias de hoje onde o humor é usado para atiçar os baixos instintos.

Graças a Deus são mais de oito anos que não assisto à TV. E creio – mais creio de crer mesmo, ou seja, uma certeza firme, firmíssima, se é que a palavra certeza comporta graus -, bem, como eu estava dizendo, eu creio que não perdi nada. Ainda mais que, pelo que leio nos jornais, percebo que a apelação à baixaria, ao mau gosto, à pornografia e às blasfêmias só aumentaram nessa mídia. O que me faz ver que acertei no rumo tomado.

Prova disso é o recente caso do “humorista” Rafael Bastos, conhecido como Rafinha. Indivíduo de quem eu nunca tinha ouvido falar até que uma pessoa me indicou um vídeo dele parodiando Nosso Senhor Jesus Cristo em fotos para a revista Rolling Stones (foto acima).Procurando mais informações sobre ele, vi que o mesmo já teve que prestar depoimento à polícia por piadas que jamais – nem sequer uma única vírgula – sujarei este blog reproduzindo tais frases.

Recentemente, ele foi suspenso do programa televisivo da rede Bandeirantes CQC - que graças a Deus nunca assisti – por afirmações de uma baixeza sem limites que chocou até seus colegas de estúdio. Eu não citarei aqui nem a fonte da reportagem que li sobre isso.

Em uma enquete na Folha Online, 52% dos internautas (20.148 votos de um total de 38.552 até a publicação deste post) acham que a decisão da Band foi acertada por considerarem que “as piadas dele são muito ofensivas”.

Pois bem, é esse mesmo sujeito que tirou uma sessão de fotos intitulada “A graça de um herege”, publicada na referida revista Rolling Stones Brasil (edição 56, maio de 2011) satirizando Jesus Cristo (para quem não está acreditando, segue o link).

“A minha comédia se caracteriza exatamente por brigar com coisas que não são muito convencionais de fazer humor e a religiosidade sempre foi um dos temas que eu gostei de abordar”, disse Rafinha Bastos no vídeo gravado do Making Of da revista citada. Acrescentou ainda que se sente “com muito orgulho” dessas fotos.

Segundo informa a revista, ele tem um bar frequentado por homossexuais, é favorável ao aborto e a liberalização da maconha, mas “não bebe álcool, não fuma, não usa drogas e jura ser fiel à mulher”. É curioso ver alguém que não se importa com a honra dos outros ser tão ciente da própria.

Outra curiosidade é a atitude da mídia liberal que aceita pacificamente que a honra das pessoas atingidas pelo humorista seja compensada com processos nos tribunais, mas rotula de fanático quem sentir sua religião atingida por estas mesmas piadas.

“Agora eu quero ver o que vão falar dela [das fotos]“, afirmou Rafinha no vídeo.

Ao menos eu, vou enviar um e-mail à Bandeirantes em apoio ao afastamento desse personagem, mas lamentando que nenhuma providência havia sido feita quando a Fé de milhões de brasileiros foi atingida por ele.

Mas Rafinha pode ficar tranquilo – e ele sabe disso -, a mídia jamais dará espaço para críticas religiosas e se algum bispo protestar será um verdadeiro milagre. É dos que hoje ocupam os cargos dos Apóstolos – nem todos, é claro – que surge o silêncio mais estonteante da História perante as blasfêmias. Eles estão muito preocupados com as “blasfêmias” que os capitalistas fazem a “mãe terra” – sabe? Rafinha -, com o desmatamento da Amazônia, com os animais em extinção, com a pureza da água e por isso não tiveram tempo para protestar contra sua piada dirigida a Aquele que é o motivo e a razão da Religião deles – ou ao menos deveria ser.

Mas Deus castiga, Rafinha, se não nesta vida, na eternidade. Às vezes até em ambas, dependendo do empedernimento da pessoa. E aqui termino este desabafo reproduzindo um trecho de um artigo da Folha:

“Desde a última sexta-feira, Rafinha já teve cancelados ao menos sete eventos (entre palestras, apresentação e presença em festas). Dependendo do contrato, Bastos cobra até R$ 20 mil por duas horas de trabalho)”. (Cfr.: Folha.com, Coluna F5, 4/10/2011).