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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Desmascarada a história do suposto J.R.



J.R.

O nome do tradutor do hino Nº. 1 da Harpa Cristã, segundo consta das diversas edições, leva a sigla J.R. Da mesma forma, os hinos números 5, 8, 84 e 96 também fazem constar as iniciais J.R. como autor do texto em português (tradução/versão).


A tradução ou versão do hino Nº. 1 da Harpa Cristã, em que pese as afirmações do Pastor Jotinha (J.R ou José Rodrigues), atualmente com 98 anos de idade, o qual tem viajado muito pelo Brasil afora, seja nas visitas às igrejas, dando entrevistas, divulgando vídeos na Internet, etc, não está confirmada até o momento.

No dia 2 de dezembro de 2007, o site da Igreja Assembléia de Deus em Santa Monica, estado do Espírito Santo, divulgou um artigo que continha a informação de que “o único da 1ª geração da AD que permanece vivo”. Foi baseado nas informações ali contidas que apresentamos no mês de dezembro de 2007, a primeira postagem deste Blog (Harpa Cristã-Fragmentos Históricos), sobre o único tradutor de hinos que ainda está vivo (segundo a AD de Santa Monica).



Neste endereço: http://web.archive.org/, podem ser encontradas páginas de sites que foram desativadas. O site antigo da Igreja Assembléia de Deus de Santa Monica era: http://www.adsantamonica.com.br. Portanto, no seguinte endereço, ainda podemos resgatar o que constava referente ao pastor Jotinha em dezembro de 2007. Confirme: http://web.archive.org/web/*/http://www.adsantamonica.com.br/secao.asp?secao=noticias&id=404



Desta forma, surgiu o texto abaixo:


Autor da versão do hino 001 da Harpa Cristã "Chuvas de Graça" (dentre outros), o pastor José Rodrigues, de 97 anos, um dos pioneiros da Assembléia de Deus, amigo de Daniel Berg e Gunnar Vingren – fundadores da Assembléia de Deus – José Rodrigues, mais conhecido como J.R. ou “Jotinha”, é o único da 1ª geração da AD que permanece vivo.

Nasceu em Cafarnaum da Galiléia, Israel, em 24 de junho de 1910, no mesmo ano que se iniciava a Igreja Evangélica Assembléia de Deus. Em 1911 seus pais vieram refugiados para o Brasil. Seu nome de origem é Josefus Rerullu.

Autor de diversos corinhos cantados na AD, como o “Eu quero ser senhor amado como um vaso na mão do oleiro...”, que compôs em 1950, muitos hinos da harpa cristã também levam as iniciais J.R. 01, 05, 08, 84, 96, além de outros.

Dentre os hinos de sua autoria, J.R. afirma que o mais cantado é o número 1 da Harpa Cristã Chuvas de Graça. “Todos foram escritos em momentos marcantes da minha vida, mas o Nº 1 é o mais lembrado. Esse hino até os ímpios cantam”. J.R. explicou ainda o segredo que faz os hinos da harpa, apesar de muito antigos, sobreviverem às inovações. “Os hinos avulsos vêm e passam, mas os clássicos da harpa cristã permanecerão até a eternidade. Foi Deus quem inspirou os autores que compuseram em constante oração”.

O Pastor José Rodrigues é uma prova viva da obra que Deus tem realizado ao longo da história e um rico patrimônio da Assembléia de Deus que vai ficar marcado na memória de todos. Um comentário do pastor chama a atenção: não se casou e nunca teve sequer namorada. Uma vida de inteira dedicação à obra de Deus!

NOTA DE ESCLARECIMENTO

No Blog http://dicionariomovimentopentecostal.blogspot.com, foi publicada uma NOTA DE ESCLARECIMENTO, onde são apresentadas algumas inconsistências com relação à autencidade das declarações do pastor "Jotinha", que tem 98 anos de idade, no que tange à autoria das letras (em português) dos hinos 1, 5, 8, 84 e 96. Aqui está, resumidamente, a referida Nota:

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE AUTORIA DOS HINOS DA HARPA CRISTÃ, DE JOSÉ RODRIGUES, INICIAIS J.R., A PROPÓSITO DAS AFIRMAÇÕES DO “PASTOR JOTINHA”

O nome “José Rodrigues” aparece mencionado em duas edições do extinto jornal Boa Semente (publicado pela Assembléia de Deus de Belém do Pará, de 1919 a 1930).

Na edição de 16 de abril de 1919, o pastor Gunnar Vingren, diretor do Boa Semente, no Expediente, página 1, faz um pedido de oração aos leitores para um irmão chamado “José Rodrigues” nas seguintes palavras:

"Orem pelo nosso amado irmão José Rodrigues, nosso auxiliar para que o Senhor lhe dê graça, força e saúde, para que ele continue a dar-nos tão importante auxílio como o que nos vem prestando."

Nesta mesma edição de 1919, foi publicado um hino sob o título “Victoria do Crente”. Abaixo do título aparece, entre parênteses, “Música: Psalmos e Hymnos, n° 401”. Após a última estrofe, aparecem as informações “Pará-1919” e “José Rodrigues”. A letra não é a mesma criada por Justus Nelson e que fora publicada há alguns anos no hinário Salmos e Hinos, mas por meio da informação citada abaixo do título, obviamente, a música é a mesma do N° 401 do Salmos e Hinos, que, por sua vez, tinha a música do “Beulah Land” escrito pelo pastor norte-americano Edgar Page Stites em 1876. A menção “José Rodrigues” no final do texto dá-nos a entender que é o nome de quem criou a nova letra em português e intitulou o hino de “Victoria do Crente”.

Esta letra é a mesma que aparece na 2ª edição da Harpa Cristã, publicada em 1923 e a mesma impressa nas atuais edições sob o título “O Grande ‘Eu Sou”, N° 84, que o “Pastor Jotinha” afirma ser o autor.

Três meses após a essas duas menções do nome “José Rodrigues” no Boa Semente de abril, no Expediente da edição do mesmo jornal em 27 de julho de 1919, pastor Gunnar Vingren dá a notícia de que o irmão “José Rodrigues” para o qual ele havia pedido orações anteriormente, morrera no dia 2 de junho daquele ano. Eis a nota do jornal:

"Em nosso penúltimo número deste jornal pedimos as orações de todos os crentes em Jesus Cristo pelo nosso auxiliar, o irmão José Rodrigues, que o Senhor lhe desse graça, força e saúde para continuação de tão importante auxílio que nos vinha prestando. Mas aprovou a Deus tomar para si o nosso irmão, que dormiu alegre no Senhor no dia 2 de junho. Agora nós viemos pedindo aos nossos irmãos orar ao Senhor nos dê outro auxiliar para suprir a falta do nosso amado irmão em tão importante serviço que nos prestava".

Prossegue o autor do Blog:

"Parece-me, pelas duas notas transcritas, que o “irmão José Rodrigues” havia sido um importante auxiliar de Gunnar Vingren e dos outros recém-chegados missionários, para a redação do jornal Boa Semente. Pois estes, nessa ocasião, ainda dependiam muito de brasileiros para lhes ajudar a redigir corretamente textos e hinos no idioma português. Por esta razão, também parece a mim e a Eliézer Cohen que este “José Rodrigues”, que morreu, bem pode ter sido o mesmo “José Rodrigues” que aparece como autor da letra do hino “Victoria do Crente” impresso na edição de 16 de abril de 1919 do Boa Semente, e, por sua vez, também autor das versões dos hinos 1, 5, 8, 84 e 96. Por outro lado, se este autor “José Rodrigues” é o mesmo José Rodrigues (Pastor Jotinha), nascido em 1910, que vive atualmente no Espírito Santo, ele, então, com apenas nove anos de idade, compôs uma bela letra e fez todo o trabalho de adaptação à métrica da música “Beulah Land”, para que os crentes assembleianos viessem a cantar uma versão em português deste hino americano. Além disso, ele conta em seu testemunho gravado em vídeo na Internet que, por volta de 1915, com 5 anos de idade, retornou com os seus país para Israel, mas não informa quando voltaram para o Brasil."

Transcrição da NOTA DE ESCLARECIMENTO postada posteriormente:

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE AUTORIA DOS HINOS DA HARPA CRISTÃ, DE JOSÉ RODRIGUES, INICIAIS J.R., A PROPÓSITO DAS AFIRMAÇÕES DO “PASTOR JOTINHA”

Aviso aos visitantes deste blog (http://dicionariomovimentopentecostal.blogspot.com).

Durante 33 dias publiquei as informações que possuo até o momento sobre a autoria dos hinos 1 (Chuva de Graça), 5 (Ó Desce, Fogo Santo), 8 (Cristo, o Fiel Amigo), 84 (O Grande "Eu Sou") e 96 (Deixa Penetrar a Luz) da Harpa Cristã constando o nome "José Rodrigues" como autor das respectivas versões.

A referida nota de esclarecimento foi postada aqui tendo em vista o crescente número de telefonemas, e-mails e contatos pessoais, nos últimos meses, solicitando-me confirmação da veracidade histórica das afirmações do pastor José Rodrigues, conhecido como Pastor Jotinha, nascido em 1910, vivendo atualmente no Estado do Espírito Santo, que são de sua autoria os hinos acima mencionados. Elaborei a referida nota como pesquisador da história das Assembléias de Deus há 28 anos e como autor do Dicionário do Movimento Pentecostal.

Reitero mais uma vez, seguindo o meu rigor técnico-científico, imparcial e impessoal, com o qual tenho pautado até hoje todo o meu trabalho de pesquisas e de redação de textos, que as informações publicadas foram as que possuo sobre o assunto até o momento.

CONCLUSÃO
Na pesquisa dos hinos encontramos frequentemente diversas informações que muitas vezes estão incompletas, distorcidas, conflitantes e, muitas vezes, não verdadeiras. Meu pai costuma dizer que: “A vida é como comer peixe. Temos que retirar o que é bom e deixar de lado as espinhas.”

Ao estudar os hinos da Harpa Cristã, inevitavelmente temos que enfrentar obstáculos, tais como: ausência de qualquer ponto de partida, base de dados, fonte de consulta, método, equipe, hinários, livros, bibliografia, etc. A primeira atitude deve ser pedir orientação a Deus para nos conduzir de maneira correta, honesta, sincera, verdadeira, idônea, leal, de tal forma que o trabalho a ser produzido possa refletir, tanto quanto possível, a realidade vivida nos momentos em que os hinos foram escritos tanto pelos autores quanto pelos compositores e tradutores.

Todos os esforços têm sido envidados no sentido de trazer informações dignas de crédito e, portanto, confiáveis. Neste caso, especificamente, somos obrigados a admitir que existem falhas na comprovação de quem foi o verdadeiro tradutor, em vários aspectos.

Em primeiro lugar, o arquivo de documentos oficiais referentes aos históricos dos hinos (se é que existe), ou não está disponível de maneira suficientemente ampla para acesso ou simplesmente não existe. Por exemplo, a 2ª edição da Harpa Cristã, impressa nas Oficinas Irmãos Pangeti, no Rio de Janeiro, em 1923, contava com 300 Hinos. O hino Chuvas de Graça já fazia parte desta edição, sob o Nº. 11 e permaneceu com este número até 1941. Esta informação é muito importante, pois revela que o pastor Jotinha contava apenas com 12 anos de idade, em 1923! Caso esta informação estivesse disponível, com certeza, já no ano de 2007 haveria condições de se confrontar as declarações apresentadas por ele.

Em segundo lugar, temos que admitir que em muitas situações a precariedade de informações contidas na Harpa Cristã, no que tange à disponibilização de dados, inviabiliza trilhar um caminho que nos conduza aos verdadeiros autores, de maneira direta. Exemplo disto são as intermináveis e muitas vezes indecifráveis listas de siglas: J.R., H.M.W., P.L.M., F.V., H.E.N., K., F. da S., etc.

Em terceiro lugar, a inexistência de informações permite as mais diversas histórias que, não raro, baseiam-se em relatos proveniente de imaginações, suposições e outras tantas situações semelhantes. Ao longo de tantos anos, pouco ou nenhum documento foi produzido de maneira ampla, séria, confiável, verdadeira, baseado em fonte de consulta idônea, de forma a permitir o conhecimento real dos nossos hinos para que pudéssemos cantar e louvar a Deus com sabedoria. Portanto, no trabalho de pesquisa temos que garimpar os dados realmente confiáveis e, sempre que possível, apresentar provas.

Em quarto lugar, entendemos que o caso “pastor Jotinha” requer um posicionamento do alto escalão da igreja. Neste último item, cabe lembrar que o silêncio simplesmente admite, consente e concorda com as declarações do pastor Jotinha. Portanto, admite-se como verdade. Afinal, trata-se de um pastor com quase 100 anos de idade, lúcido, saudável, contemporâneo de Daniel Berg e Gunnar Vingren.

Entretanto, se por um lado, somos levados a concluir que o “pastor Jotinha” não está dizendo a verdade com relação à tradução do hino Nº 1 - CHUVAS DE GRAÇA, por outro lado, ironicamente somos obrigados a afirmar que o auxiliar de Gunnar Vingren, mencionado no jornal Boa Semente, “José Rodrigues”, da mesma forma, não reúne elementos suficientes para comprovar que se trata do tradutor J.R. Pelo menos se aplicarmos o rigor técnico, pois em nenhum momento existe qualquer afirmação neste sentido. A menos que façamos uso de imaginação, suposição ou conclusão individual (particular).

Portanto, estamos diante de três possibilidades para o tradutor J.R. não só do hino 1 como também dos hinos 5, 8, 84 e 96:


1) Pastor Jotinha;

2) Irmão “José Rodrigues”, mencionado por Gunnar Vingren como: “nosso amado irmão José Rodrigues, nosso auxiliar para que o Senhor lhe dê graça, força e saúde, para que ele continue a dar-nos tão importante auxílio como o que nos vem prestando."; e

3) Nenhum dos dois.


Lembramos que a dúvida reside apenas no tradutor. Quanto ao autor (letra) e compositor (música) originais não há qualquer dúvida.

Finalizando, é importante esclarecer que não existe qualquer polêmica, debate, afronta, intriga ou algo do gênero, no que se refere a este assunto. É salutar, saudável, louvável e verdadeiramente justo que se submeta à apreciação de tantos quantos estiverem envolvidos e interessados nestas questões, apresentar opiniões, idéias, informações, sugestões, documentos, provas e tudo o que for possível para esclarecimento da verdade. Não existe uma posição definitiva e radical. Como está escrito em Provérbios 11:14: “Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança.

A farsa sobre Jotinha






A farsa sobre Jotinha. Porque ele não foi homenageado nas comemorações do Centenário da AD?






Por meio da verdadeira história dos hinos, cujo texto está publicado abaixo neste blog, e do resultado de uma investigação feita por várias pessoas, entre elas pastores, confirma-se que Jotinha e suas histórias podem se constituir numa farsa.

Na investigação verificou-se que os números do RG e CPF que constam na ficha cadastral do senhor José Rodrigues (Jotinha) na CGADB, sob o Nº 43.610, são os mesmos de José Rodrigues Ferreira cujos dados pessoais são os seguintes: nascido em 22 de junho de 1935, na cidade de São Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro, filho de Pedro Vicente Ferreira e Idalina Rodrigues Ferreira, divorciado em 1987 de Esmeralda da Silva Ferreira, cujo casamento aconteceu em 30/12/1961.

Conclui-se, então, que:

- José Rodrigues (Jotinha) é, na verdade, o senhor José Rodrigues Ferreira.

- José Rodrigues (Jotinha) não nasceu em Israel e nem é filho de judeus. Ele nasceu no Estado do Rio de Janeiro e seus pais são brasileiros.

- José Rodrigues (Jotinha) nasceu em 1935 e tem, portanto, 76 anos.


- José Rodrigues (Jotinha) não pode ter convivido com Gunnar Vingren, porque este morreu em 1933 na Suécia antes de Jotinha ter nascido. Com Daniel Berg, muitos irmãos antigos conviveram com ele porque este viveu no Brasil até 1962.

- José Rodrigues (Jotinha) não teve o tal encontro com a irmã Frida Vingren sobre o hino 126, embaixo de um pé de pitomba, porque Frida e Gunnar Vingren retornaram para a Suécia em 1932 (antes de Jotinha nascer) e nunca mais voltaram (Gunnar morreu em 1933 e Frida em 1940).

- José Rodrigues (Jotinha), diferentemente do que ele afirma, já foi casado e divorciou-se.


Obviamente, José Rodrigues (Jotinha) não poderia sequer ter menção nas comemorações do Centenário das Assembleias de Deus por apresentar uma história que já há algum tempo, pelos motivos expostos acima, tem-se evidenciado não ser verdadeira.


fonte:


http://dicionariomovimentopentecostal.blogspot.com

quinta-feira, 21 de junho de 2012

O Negro É...




A raça negra é amaldiçoada? – uma reflexão teológica sobre as supostas declarações racistas do pastor Marco Feliciano no Twitter.

O final do mês de março foi marcado por intensa polêmica no universo virtual acerca da declaração postada no Twitter pelo Deputado Federal (PSC-SP), pastor Marco Feliciano. A página da UOL Notícias destacou: “Deputado federal diz no Twitter que ‘africanos descendem de ancestral amaldiçoado". Em seguida a UOL trouxe o post com as declarações de Feliciano, conforme aparecem em seu Twitter: “Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é polêmica. Não sejam irresponsáveis twitters rsss”.

Ainda de acordo com a UOL, o parlamentar, que é pastor e empresário, afirmou que:

“Sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids. Fome...”

Antes, o pastor evangélico disse que a maldição sobre a África supostamente provém do "1º ato de homossexualismo da história". "Sendo possivelmente o 1o. Ato de homossexualismo da história. A maldição de Noé sobre Canaã toca seus descendentes diretos, os africanos", afirmou também.

Em entrevista por telefone, Feliciano disse que as mensagens foram publicadas por assessores, sem a sua aprovação. O parlamentar afirmou também que não considera as mensagens racistas. "Não foi racista. É uma questão teológica", disse. "O caso do continente africano é sui generis: quase todas as seitas satânicas, de vodu, são oriundas de lá. Essas doenças, como a Aids, são todas provenientes da África", acrescentou.

Hoje, quase 20h depois das declarações, o deputado negou ser racista também no Twitter. "Tenho raízes negras como todos os brasileiros. Bem como dos índios e também europeus! Rejeito essas calunias infames! Aqui não seus desalmados", disse Feliciano.

Marco Feliciano foi eleito deputado federal nas eleições do ano passado, com mais de 211 mil votos, e diz ter 30 mil seguidores no Twitter. "Sou afro descendente, meu nariz é largo, meu cabelo é crespo. Tenho apoio do líder do movimento dos negros, pastor Albert Silva, de São Paulo", defendeu-se.”

Este comentário da UOL provocou um “efeito cascata” na rede virtual. De repente dezenas de blogs e sites passaram a taxar de racistas a declaração do parlamentar evangélico. O site: peticaopublica.com.br, imediatamente saiu à procura de assinaturas para um Abaixo-Assinado em favor da cassação do deputado por quebra de decoro parlamentar. O site justifica o recolhimento de assinaturas, que deverão ser encaminhadas à Comissão de Direitos Humanos da Câmara, da seguinte forma :

“O deputado, embora tenha tentado alegar que as mensagens foram postadas em seu twitter por assessores sem a sua autorização, reiterou as mesmas idéias contidas na mensagem publicada, tentando esquivar-se das críticas ao afirmar que não se tratava de racismo, mas sim de “questões teológicas”, como se a religião pudesse servir de pretexto para que se ataque camadas da população impunemente.

Diante dessa clara e lamentável manifestação de racismo e homofobia nós, membros da sociedade civil, exigimos a cassação do mandato do parlamentar em questão, bem como as sanções legais cabíveis por crime de racismo e quebra de decoro parlamentar.

Não vamos admitir que os deputados se valham de sua imunidade para cometer crimes e desrespeitar camadas da população enquanto recebem salários custeados com o nosso dinheiro”.

O jornal O GLOBO pôs em destaque o fato com a manchete: “Deputado federal Marco Feliciano faz cora às declarações de Bosonaro e ataca negro e homossexuais no Twitter”.

De acordo com o JORNAL DO BRASIL, a Frente Parlamentar pela Igualdade Racial também irá analisar o conteúdo das declarações do deputado para “investigar possíveis manifestações racistas”.

Já o site O GALILEO traz o pronunciamento do deputado, conforme postado em sua página na internet. Aqui reproduzirei apenas a parte que será objeto da minha análise:

“Após algumas horas de uma postagem na internet: AFRICANOS DESCENDEM DE ANCESTRAL AMALDIÇOADO POR NOÉ. ISSO É FATO. O MOTIVO DA MALDIÇÃO É A POLÊMICA. NÃO SEJAM IRRESPONSAVEIS TWITTERS rsss Fui alvo de milhares de pedradas, sapatadas, raquetadas, "twittadas", e ainda virei matéria de mídias como UOL, etc.

O que gostaria aqui de explanar, explicar e logo depois DENUNCIAR é algo grotesco e absurdo!

Primeiro a Explanação:

Gn. 9:22-25 - E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos seus irmãos no lado de fora. Então tomaram Sem e Jafé uma capa, e puseram-na sobre ambos os seus ombros, e indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai, e os seus rostos estavam virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai. E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu filho menor lhe fizera.E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos.E disse: Bendito seja o SENHOR Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por escravo..

No texto acima temos a citação bíblica onde Noé amaldiçoa o descendente de Cão, ou seja, toda a sua descendência, pois Canaã era o mais moço. Canaã representa diretamente a descendência de Cão representando todos os seus filhos.

Gn.10:6 - E os filhos de Cão são: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã.

Acima vemos os filhos de Cão. Entre eles Cuxe. Veja abaixo a citação do Historiador Hebreu:

Flavio Josefo dá conta da nação de Cuxe, filho de Cam e neto de Noé : "Para um dos quatro filhos de Cam, o tempo não para toda a mágoa o nome de Cush; para a Etiópia , sobre o qual reinou, são ainda menos Neste dia, tanto por si e por todos os homens na Ásia , etíopes chamados. "(Antiquities of the Jews 1.6). ( Antiguidades dos Judeus 1,6).

Bem, citando a bíblia e a história, a veracidade sobre a postagem. AFRICANOS DESCENDEM DE CÃO, FILHO DE NOÉ.

Pois bem, há duas coisas que precisam ser analisadas nessa guerra argumentativa. Primeiramente não vejo nestas palavras do pastor Marco Feliciano uma declaração explicta de racismo como quer a mídia. Há dezenas de vídeos do pastor Marco Feliciano, muitos deles postados no youtube, e em nenhum se percebe esse suposto racismo alegado pela mídia eletrônica. Era de se esperar que esse suposto racismo do deputado possuísse um histórico. Ele parece não existir! Em segundo lugar, o que é de fácil percepção é que o deputado, enquanto pastor, apenas repete ou perpetua uma interpretação equivocada que se popularizou entre os evangélicos neopentecostais – A DOUTRINA DA MALDIÇÃO HEREDITÁRIA! Há sim, um lastimável erro doutrinário fundamentado em uma flutuação teológica!

Entre os anos de 1990 e 2000 presenciamos uma verdadeira enxurrada de ensinos heterodoxos no meio do arraial evangélico. O ensino sobre “maldições de famílias” ou “maldição hereditária” despontou como sendo um dos principais. Multiplicava-se pelo Brasil a fora Seminários e mais Seminários enfocando esse assunto. Na verdade a doutrina da Maldição Hereditária se tornou uma paranóia no meio das igrejas neopentecostais. Por mais de uma vez assisti a cultos onde pregadores de renome nacional conclamavam os crentes a “quebrarem maldições que estavam sobre suas vidas”. A idéia por traz desse ensino era a crença de que alguma maldição não quebrada estava por traz da falta de prosperidade na vida do crente. A coisa se afastou tanto da Bíblia a ponto de muitos pregadores passarem a exigir dos fiéis a prática da regressão psicológica ou espiritual como condição de uma “libertação” plena. Foi detectado pelos apologistas que de 5.000 casos de práticas regressivas, cerca de 1.200 atestaram experiências de vidas passadas . Em palavras mais simples, a doutrina da maldição de famílias acabou por abrir porta para uma velha prática já há muito conhecida no espiritismo – a doutrina da reencarnação.

Apesar do bombardeio pesado por parte de muitos apologistas brasileiros, a doutrina da Maldição Hereditária ou de Famílias não acabou. Diminui a sua intensidade, mas vez por outra dar sinal de querer reerguer-se. Os apologistas Paulo Romeiro e Ricardo Gondim, somente para citar os mais aguerridos nesse combate, através dos seus escritos provocaram profundos ferimentos nessa teologia. Todavia observa-se que os apologistas não podem baixar a guarda sob pena de se constatar a ressurreição desse monstro que tanto males causou à igreja evangélica. É preocupante verificarmos que renomados escritores evangélicos continuem fazendo apologia dessa doutrina.

Ricardo Gondim observa que: “Umas das mais insidiosas heresias que tem surgido na igreja nesses últimos dias diz respeito a quebra de maldições familiares. Acredita-se que os pecados, alianças e padrões estabelecidos pelos antepassados podem exercer maldições sobre filhos, netos até a terceira ou quarta geração. Alguns, mais cautelosos, quebram maldições regredindo até à décima geração. O texto mais usado é êxodo 20.5 (...) Ora, se é Deus quem age, visitando a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração, como se quebra uma maldição de Deus?, certamente não é com uma repreensão verbal. A maldição da lei foi quebrada na cruz do Calvário e todos os que se apropriam da vitória de Cristo ficam livres de todo débito que tinham acumulado contra eles (Cl 2.14-15).

O que logo se percebe é que os fundamentos hermenêuticos, exegéticos e históricos defendidos pelo pastor, ora deputado, para justificar em seu texto a suposta doutrina da maldição hereditária não encontra apoio na história e nem mesmo na própria Bíblia. Ele diz citar a Bíblia e a história (o historiador judeu Flávio Josefo) para provar que os africanos descendem de Cão (Cam), filho de Noé. A argumentação do deputado, ora pastor, equivoca-se quando não percebe que Noé amaldiçoou Canaã, filho de Cão e não o próprio Cão (Cam). Se a raça negra não descende de Canaã, mas de Cão, então como poderia a maldição atingi-la? Não deveria ela atingir somente aos descendentes de Canaã, conforme narra o texto bíblico? E mais: porque somente os negros estariam sujeitos a maldição e não outros povos descendentes de Cão, tais como os egípcios, líbios e sul-arábios?

O expositor bíblico Warren W. Wiersbe, respeitado erudito, põe isso em destaque quando diz: “É uma pena que esse breve discurso tenha sido distorcido e interpretado incorretamente como uma “maldição”, pois aquilo que Noé disse teve muito mais caráter de profecia de um pai sobre seus filhos e netos. A palavra “maldição” só é usada uma vez, mas refere-se a Canaã, filho mais novo de Cam, e não ao próprio Cam. Isso indica que Noé estava descrevendo o futuro de seus filhos e de um de seus netos tomando por base o que via no caráter deles, algo não muito diferente do que Jacó fez antes de morrer (Gn 49)

[...] Há duas idéias equivocadas que devem ser esclarecidas. Em primeiro lugar, os descendentes de Cam (Cão) não eram membros da raça negra, mas sim caucasianos, de modo que não há qualquer fundamento para a instituição da escravidão nessa chamada “maldição de Canaã. Em segundo lugar, apesar de seus caminhos maus, alguns desses povos descendentes de Cam formaram grandes civilizações avançadas, como a dos babilônicos, dos assírios e dos egípcios”. Esse fato é visto ainda por outros expositores. De acordo com Bob Deffinbaugh “visto dessa maneira, é impossível ver qualquer implicação desta passagem para a subjugação dos povos negros da terra. Cam não foi amaldiçoado nesta passagem, mas Canaã. Canaã não foi o pai dos povos negros, mas dos cananeus que vieram na Palestina e que ameaçavam os Israelitas”.

É sempre perigoso assumir um posicionamento radical sobre qualquer assunto, quer seja ele de naturea "teológica" ou "científica" tomando como fundamento apenas suposições. O Nazismo alemão, responsável por uma das maiores trágédias da humanidade - o extermínio de seis milhões de judeus, - apoiou-se no mito da pureza da raça "Ariana" para justificar esse genocídio.

De com a Enciclopédia Judaica Tudo começou assim: No ano de 1808, Friedrich von Schlegel, célebre estudioso do sânscrito (católico casado com filha de Moisés Mendelssohn, Dorothea), observou, no decurso de suas pesquisas filológicas, certa proximidade entre o persa e o sânscrito de um lado e as línguas teutônicas (alemão, sueco, holandês, etc) de outro. A partir dessas observações inteiramente acidentais e de outras feitas por vários filólogos, elaborou finalmente uma hipótese complicada segunda a qual essas línguas "aparentadas" derivariam de uma língua ancestral comum, o "ariano", supostamente falada por um povo chamado "ariano", que habitava a terra de "Ariana". Nem é preciso dizer que o "ariano" era uma língua perdida e esquecida, os próprios "arianos" haviam desaparecido no bojo da história, e a terra de "Ariana" era mencionada superficialmente no Zend Avesta, livro das escrituras semimíticas do Zoroastrianismo persa, escrito por volta do ano de 1000 a.E.C. Não há, porém, qualquer indicação de onde estaria situada.

Foi nesse hipóteticos arianos, habitantes de um país hipotético chamado Ariana, que falavam uma língua hipotética, o ariano, que os anti-semitas do século XX, entre os quais estavam, professores, jornalistas, e panfletários demagógicos alemâes, foram buscar as fontes de sua nobreza ancestral e de seu orgulho de fazer parte de uma "raça superior" da humanidade" (volume 5, p.36).

Fica, portanto, o alerta para que nínguem fundamente supostas verdades "teólogicas" tomando como base suposições e interpretações equivocadas do texto bíblico.

Não esqueçamos que Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34) ) e que um só fez toda a raça humana! (At 17.26). No Senhor não existe branco, preto, pardo ou amarelo, mas um único povo comprado pelo sangue de Jesus!

Fontes consultadas:

www.uol.com.br. Acesso em 31 de março de 2011.

www.peticaopublica.com.br. Acesso em 01 de abril de 2011.

www.oglobo.com.br. Acesso 01 de abril de 2011

www.terra.com.br. Acesso em 01 de abril de 2011.

www.ogalileu.com.br. Acesso em 01 de abril de 2011.

HUNT, Davi. A Sedução do Cristianismo. Ed. Chamada da Meia Noite, 2005.

GONDIM, Ricardo. O Evangelho da Nova Era. Editora Aba Press.

WIERSBE, W. Warren. Pentateuco – comentário bíblico expositivo.

http://www.bible.org/. Acesso 01 de abril de 2011.

Enciclopédia Judaica

















































Postado por JOSÉ GONÇALVES

Sermão do pastor David Wilkerson...

Lembre-se dos seus Livramentos!






















































Como esquecemos rapidamente os grandes livramentos operados por Deus em nossas vidas. Como é fácil a gente tomar como certo os milagres que Ele operou em nosso passado. Porém inúmeras vezes a Bíblia nos diz: "Lembre dos seus livramentos".
Somos tão iguais aos discípulos. Eles não entenderam os milagres de Cristo quando Ele de modo sobrenatural alimentou milhares de pessoas com uns poucos pães e peixes. Jesus operou esse milagre duas vezes, alimentando 5.000 pessoas uma vez e uma multidão de 4.000 pessoas na outra. Contudo, poucos dias depois, os discípulos tinham removido esses acontecimentos da memória.
Aconteceu quando Jesus os preveniu quanto ao fermento dos fariseus. Os discípulos acharam que Ele havia dito isso por terem se esquecido de trazer pão para a jornada. Mas Cristo lhes respondeu: "Não compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens e de quantos cestos tomastes? Nem dos sete pães para os quatro mil e de quantos cestos tomastes?" (Mateus 16:9-10).
Segundo Marcos, Cristo ficou abismado com a rapidez com a qual os discípulos haviam esquecido Seus incríveis atos. Jesus disse: "Ainda não considerastes, nem compreendestes? Tendes o coração endurecido? Tendo olhos, não vedes? E, tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais de quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes?" (Marcos 8:17-19).
O quê essas passagens nos dizem? Está claro que nenhum dos discípulos parou para levar em conta o quê estava acontecendo quando estas milagrosas alimentações se operavam. Tente pintar um quadro desses homens andando em meio à multidão carregando cestos, passando os pães e peixes que se multiplicaram milagrosamente à frente dos seus olhos. Você poderia pensar que esses discípulos teriam caído de joelhos, gritando, "Como isso é possível? É simplesmente impressionante; está totalmente fora de uma explicação humana. Oh, Jesus, Tu és verdadeiramente Senhor!". Eu os imagino encorajando as pessoas às quais serviam: "Peguem aqui - alimentem-se desse alimento milagroso, enviado da glória. Jesus providenciou isso. Contemplem o nosso Deus, e O adorem!".
Os discípulos viram essas obras maravilhosas com seus próprios olhos. No entanto, a significação dos milagres não ficou registrada neles. E agora, pouco tempo após, eles estavam cheios de dúvidas e questionamentos quanto a "não ter pão". Jesus teve de mostrar-lhes, "Como esquecem depressa dos milagres que Deus teceu para vocês. Vocês não compreenderam os seus livramentos".
Eu também me pergunto: por que essas multidões, que haviam sido alimentadas tão milagrosamente, não se levantaram para adorar Jesus? Por que não louvaram a Deus em altas vozes e com braços levantados? Evidentemente, elas tampouco compreenderam seus milagres. E foi pela mesma razão que você e eu rapidamente nos esquecemos dos milagres de Deus em nossas próprias vidas. Os livramentos de ontem são rapidamente esquecidos em meio às crises de hoje.


Do Gênesis ao Apocalipse, 
a Palavra Literalmente Nos Berra: 
"Lembre-se!  Lembre-se!" 


Ao longo dos dois Testamentos, lemos: "Lembre-se do poderoso braço do Senhor, para realizar milagres em teu favor. Lembre-se de todos os livramentos passados". Preste atenção à exortação de Moisés a Israel após o milagre do mar Vermelho:
"Disse Moisés ao povo: Lembrai-vos deste mesmo dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão; pois com mão forte o Senhor vos tirou de lá...Quando teu filho amanhã te perguntar: Que é isso? Responder-lhe-ás: O Senhor com mão forte nos tirou da casa da servidão...E isto será como sinal na tua mão e por frontais entre os teus olhos; porque o Senhor com mão forte nos tirou do Egito" (Êxodo 13:3,14,16).
Os fariseus interpretaram esse último versículo ao extremo. Fizeram filactérios, caixinhas contendo leis escritas, que enrolavam no braço ou prendiam à testa. Porém o que Moisés estava descrevendo aqui era uma metáfora, um ministério espiritual. Era uma ordem para que todo israelita indelevelmente selasse na mente todo o impressionante livramento que haviam visto. O Senhor estava lhes dizendo, basicamente:  "Guarde isso na memória, e o deixe à mão. Conserve-o sempre fresco em sua mente. Toda vez que enfrentar uma crise, toda vez que enfrentar um gigante, toda vez que um inimigo agressivo lhe atacar, você deve se lembrar de todos os milagres que Eu te concedi. Jamais se esqueça do livramento que experimentou. Mantenha um diário mental deles, e lembre cada detalhe. E aí se assegure de contar tudo aos seus filhos. Continue falando dos seus milagres, de geração a geração. Isso edificará a tua fé, e a fé de toda geração que vier".
Ninguém viu maiores milagres de libertação que a geração de Moisés. Começou com as impressionantes dez pragas que caíram sobre o Egito. Enxames de gafanhotos, invasões de rãs, rios se transformando em sangue, escuridão tão negra que podia ser apalpada - todas essas coisas trouxeram caos e confusão sobre os egípcios. Contudo durante todo esse tempo, Israel ficou seguro em seu acampamento, protegido de tudo.
Estes mesmos israelitas viram uma nuvem de glória se colocar atrás deles, ocultando-os do exército do faraó que se aproximava. Viram o céu da noite se iluminar com uma coluna de fogo, aquecendo-os durante as noites frias do deserto. E viram um mar inteiro se abrindo à frente, formando altas muralhas de cada lado. Eles caminharam em meio a ondas que formavam paredes, em terra seca. E no dia seguinte, Israel viu o exército do faraó destruído de forma sobrenatural, quando essas mesmas muralhas de água tombaram sobre seus perseguidores, eliminando-os. Que livramentos impressionantes Israel conheceu! Contudo não compreenderam nenhum deles. Em verdade, logo os esqueceram. Como sabemos disso? Está registrado: "Nossos pais, no Egito, não atentaram às tuas maravilhas; não se lembraram da multidão das tuas misericórdias e foram rebeldes junto ao mar, o mar Vermelho" (Salmo 106:7).
Como Israel  foi rebelde a Deus no mar Vermelho? Ora, apenas três dias após o milagroso livramento, acusaram Deus de os ter levado ao deserto para que morressem de sede. "Tornaram a tentar a Deus, agravaram o Santo de Israel. Não se lembraram do poder dele, nem do dia em que os resgatou do adversário; de como no Egito operou ele os seus sinais e os seus prodígios...e converteu em sangue os rios deles, para que das suas correntes não bebessem" (Salmo 78:41-44). "Cedo, porém, se esqueceram das suas obras e não lhe aguardaram os desígnios...Esqueceram-se de Deus, seu Salvador, que, no Egito, fizera cousas portentosas, maravilhas na terra de Cam, tremendos feitos no mar Vermelho" (106:13,21-22). Exatamente aquilo que Moisés havia repreendido em Israel acabou acontecendo. Ele havia prevenido: "Tão-somente guarda-te a ti mesmo e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas cousas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida, e as farás saber a teus filhos e aos filhos de teus filhos" (Deuteronômio 4:9).
Vejo a mesma coisa acontecendo hoje na igreja de Jesus Cristo. Somos ordenados pela palavra de Deus a nos "vestirmos com os nossos livramentos". Devemos vesti-los todas as manhãs, assim como pomos nossas roupas. E devemos mantê-los à mão, sempre exibi-los diante dos olhos. E então lhe pergunto: quantas libertações milagrosas do passado você está vestindo agora mesmo? Você está mantendo vivos em sua mente os milagres que Deus lhe fez? Eles estão tão próximos, tão à mão que você poderia se levantar já e testificar de cada glorioso detalhe? 
  
Quando o Espírito Santo pôs esta questão em mim, fiquei atônito. Eu só consegui lembrar com alguns detalhes, de uns poucos livramentos. Esqueci tantos. E tomei já como certos e garantidos muitos outros. Pior, eu não havia me lembrado deles na hora mais importante: quando enfrentava outras crises. A lembrança dos meus livramentos poderia ter alimentado minha fé durante tais provações.
Somos ordenados a contar aos nossos filhos e netos sobre todas as grandes coisas que Deus fez por nós. Até devemos ter isso escrito, um diário de nossos livramentos. Agora, por que esse mandamento de nos lembrarmos é tão importante?


1. Devemos nos Lembrar dos Livramentos Passados 
Para Aumentar a Nossa Fé Diante das Lutas de Agora 


É para o nosso próprio benefício que Deus nos manda recordar. A lembrança de nossos livramentos passados nos ajuda a aumentar a fé diante do que estamos enfrentando no momento. Você está enfrentando uma crise? Você tem diante de si a ameaça gigante de um problema no lar, no trabalho, na família? A única maneira de se enfrentar um gigante é fazer como Davi fez: lembre-se do leão e do urso. Foi assim que Davi pôde atacar Golias sem medo: lembrando-se da fidelidade de Deus para com ele, nas crises anteriores. Explico.
Quando Davi foi voluntário para lutar contra Golias, "Saul disse a Davi: Contra o filisteu não poderás ir para pelejar com ele...Respondeu Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; quando veio um leão ou um urso e tomou um cordeiro do rebanho, eu saí após ele, e o feri, e livrei o cordeiro da sua boca...O teu servo matou tanto o leão como o urso; este incircunciso filisteu será como um deles" (I Samuel 17:33-36).
É possível que Davi tenha testificado a Saul: "Me lembro do tamanho do urso que me atacou. Eu protegi as mãos com um pano, lhe agarrei  a boca, desloquei sua mandíbula. Depois peguei a pele dele. Fiz um abrigo com ela, e a dei ao meu pai, como testemunho do poder de Deus para me livrar".
Davi sabia do perigo que enfrentava contra Golias naquela hora. Ele não era um principiante, um garoto ingênuo cheio de bravatas e procurando briga. Não, Davi estava simplesmente se lembrando dos livramentos passados. E agora ele olha o inimigo direto nos olhos e afirma: "O Senhor me livrou das garras do leão e das do urso; ele me livrará das mãos deste filisteu" (17:37).
Multidões dentre o povo de Deus hoje enfrentam gigantes por todos os lados. Porém muitos se agacham com medo. Isso descreve você? Você já se esqueceu da vez em que esteve tão doente e próximo à morte, mas o Senhor o levantou? Lembra-se daquele desastre financeiro em que disse, "Acabou - estou falido" - mas o Senhor lhe cuidou o tempo todo, e o guardou até o dia de hoje?
Veja esses relatos de provação vindos de pessoas que escreveram ao nosso ministério:
. Um casal de idosos sofre com o procedimento terrível de seu filho ministro. O jovem pastor deixa esposa e dois filhos, abandonando o ministério para adotar a vida gay. Seus pais ficam arrasados, pensando especialmente no efeito disso sobre os netos.
. Um pastor e esposa se afligem com uma filha a qual foi tirada do leito de morte por orações deles. Após se curar, a jovem começou a usar drogas e acabou se casando com um homem que se tornou criminoso. Agora ele está na cadeia, e a garota em pânico está perdendo o controle, tendo pensamentos de suicídio. Nesse momento os pais lamentam a cura dela, imaginando até se não seria melhor ela não haver se curado.
. Uma jovem mãe com três filhos se prostra sozinha em sua casa alugada. O marido morreu há pouco, deixando-a sem seguro ou sustento. Ela está só e sem um tostão.
. Um negociante está sendo processado pelo sócio, pessoa que se chama de cristão. O sócio tenciona roubar o negócio que esse homem começou. O negociante quer apenas discutir o assunto com o sócio, mas este se recusa a falar com ele. Agora os tribunais estão tomando o partido do sócio, apesar de este negociante ter apenas feito o certo em relação a ele.
. Um senhor de 55 anos foi dispensado de seu emprego rendoso. Agora ele se martiriza pensando: "Quem vai empregar um indivíduo de 55 anos?". Ele tem débitos e também estava auxiliando os filhos financeiramente. Agora chega o pânico, e ele sai todo dia, envergonhado de ficar parado em casa fazendo nada.
Esses são apenas alguns dos gigantes que os crentes estão enfrentando. Muitos outros santos nos escrevem de seus sofrimentos cruciantes, dizendo, "Eu não entendo". São todos crentes fiéis que confiam na palavra de Deus e andam no Espírito. Como pastor do Senhor, o que vou dizer a eles?
A verdade é a seguinte, há muitas coisas que não compreendemos, e simplesmente não as  compreenderemos enquanto não estivermos no lar celestial com Jesus. Mas eu creio em  termos absolutos que Deus pode curar, e que Ele tem saída para todas as situações. A pergunta para nós é, onde vamos encontrar a fé, a coragem, para nos levantarmos e ganhar vitória nEle?
Ela só vem pela lembrança do leão e do urso. Vem quando você é capaz de relembrar a incrível fidelidade de Deus, e todas as vitórias passadas que Ele lhe deu. Olhe, você não pode enfrentar um gigante enquanto não for capaz de visualizar e compreender a majestade e a glória de Deus em sua vida. Para fazer isso, insisto para que volte bem para o início, no seu começo com o Senhor.
Você se lembra como era antes de Jesus lhe salvar? Você realmente sabe o quão estava perto do inferno, alguns talvez perto do suicídio, outros prestes a se tornarem possuídos pelo demônio? Lembra-se do milagre, da transformação que ocorreu, do livramento que lhe retirou do abismo em que estava?
Você se lembra de como ficou livre de tentações crescentes, de armadilhas que o diabo lhe armou? Você chegou perto de desistir de tudo? Será que quase jogou tudo para cima? Será que ficou tão desencorajado, tão aniquilado, que achou ser inútil prosseguir junto ao Senhor?
Lembre-se: o Espírito de Deus veio sobre si. Você se arrependeu, e Ele o atraiu de volta para Si mesmo. O Senhor o desatou da armadilha do diabo, naquela ocasião e em muitas outras. Pergunte-se: quantas preces desesperadas o Senhor lhe respondeu?


Vou Lhe Oferecer  Uma Maneira Pela Qual 
Você Pode Transformar um Gigante Numa Formiga



Se possível, pegue uma estrada interiorana à noite. Lá, olhe para a lua e para as milhões de estrelas. Então lembre do seu Criador Deus e de toda obra de Suas mãos.
O astronauta Charlie Duke uma vez falou ao nosso grupo na Igreja de Times Square. Comentou como é estar numa cápsula minúscula a 448.000 quilômetros da terra, voando  em direção à Lua. Quando a nave ficou de lado, alguém exclamou: "Olhem que vista incrível!".
Era a terra, suspensa maravilhosamente no espaço negro. Lá estava, gigantesca, a esfera brilhante, sustentada por nada. Toda a tripulação ficou atônita com a visão. Eles sabiam que só um Deus Criador incrível poderia tecer isso.
Em verdade, esse foi o mesmo plano que Deus usou para tirar Jó de sua dor. O Senhor fez com que aquele homem sofredor voltasse os seus olhos para os fundamentos da terra, e perguntou: "O quê está prendendo a terra, Jó? O que a segura no espaço?". Deus prosseguiu, dizendo, "Quem deteve os mares em suas margens? Quem diz ao oceano poderoso, 'Venha só até esse ponto, mas não o ultrapasse'? O quê impede que as ondas avancem sobre a terra? Por que você não está se afogando com a água subindo, Jó? E onde estão as nascentes de onde provêm os mares?
Como a luz é separada da escuridão? Como são os ventos divididos e dispersos? Como nasce a chuva? O homem pode produzir relâmpagos, trovões, nuvens? Quem você acha que dispôs todas essas forças da natureza em seus lugares, Jó? Quem pôs a ferocidade e a bravura na natureza dos animais?".
Deus literalmente levou Jó a assistir um "Curso de Poder", revelando Sua criação passada. Em meio a isso, foi dizendo a Jó: "Você se esqueceu quem Eu sou. Você me acusa de negligência. Você duvida do meu interesse por ti, e do meu poder para te livrar. No entanto estou lhe mostrando o quanto me preocupo por toda essa enorme criação minha" (v. Jó caps. 38-40).
O Senhor prosseguiu, até que finalmente Jó se viu aniquilado diante de tudo isso. Então Jó olha para os seus problemas e diz: "Fui tolo. Os meus olhos estavam no lugar errado, em vez de estarem em Ti. Oh Senhor, eu havia me esquecido de todas essas coisas sobre Ti. Sei que Tu podes fazer tudo. E sei que nenhum pensamento pode ser retido de Ti"  (v. Jó 42:2-3).


2. Devemos Lembrar de Nossos Livramentos Passados 
Como uma Arma Contra o Medo



O medo não consegue sufocar o coração de alguém cujos olhos estejam cheios da visão da grandeza e da majestade de Deus.
Neemias entendeu bem esse princípio. Ele ia de um lado para o outro sobre as muralhas de Jerusalém, enquanto um remanescente esgotado e cansado abaixo tentava reconstruir a cidade. Os israelitas estavam cercados por temíveis adversários, uma coalizão de três nações dirigida por Sambalá e o pérfido Tobias. Agora o medo estava começando a se infiltrar. Os muros da cidade não estavam acabados, e havia montes de entulho por todo lado. Os trabalhadores esgotados eram forçados a labutar com um martelo numa mão, e uma espada na outra. Como responder aos seus temores? Como prosseguir em vez de fugir? Então Neemias traz à lembrança deles o quão grande e tremendo o seu Deus é:
"Inspecionei, dispus-me e disse aos nobres, aos magistrados e ao resto do povo: não os temais; lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai" (Neemias 4:14).
Prezado santo, você está com medo de sua situação? Será que o problema lhe atingiu, abalando sua confiança no Senhor? Se é assim, lembre o quão grande e temível o seu Deus é. Foi exatamente assim que Moisés tratou com o medo em seu grupo. Ele disse a Israel: "Se disseres no teu coração: Estas nações são mais numerosas do que eu; como poderei desapossá-las? Delas não tenhas temor; lembrar-te-ás do que o Senhor, teu Deus, fez a Faraó e a todo o Egito...Não te espantes diante deles, porque o Senhor, teu Deus, está no meio de ti, Deus grande e temível" (Deuteronômio 7:17-18, 21).
Moisés estava dizendo: "Vocês enfrentarão tremendos inimigos muito mais poderosos que vocês. E se perguntarão como de algum modo conseguirão ter vitória tendo tão poucas chances. Mas a única coisa que deverão fazer é se lembrar de quão grande e forte é o teu Deus. Lembrem-se do quê Ele fez aos seus inimigos no passado, e como Ele foi fiel ao libertá-los".


Temos de Nos Lembrar de Quão Grande é Deus 
- do Quê Ele Fez no Passado Para Nos Livrar - 
E Invocar Esse Poder Majestoso Diante da Provação Desse Momento



Moisés insta junto a Israel: "Ele fez tudo isso por vocês. E vocês devem se apropriar do poder dEle". "Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e temíveis cousas que os teus olhos têm visto" (Deuteronômio 10:21).
Davi pergunta: "Quem há como o teu povo, como Israel, gente única na terra, a quem tu, ó Deus, foste resgatar para ser teu povo? E para fazer a ti mesmo um nome e fazer a teu povo estas grandes e tremendas cousas, para a tua terra, diante do teu povo, que tu resgataste do Egito, desterrando as nações e seus deuses?" (2 Samuel 7:23).
Deus declara a nós: "Porque eu, o Senhor, não mudo" (Malaquias 3:6). E hoje Ele ainda procura mostrar a Sua grandeza a todos que crêem e se apropriam do Seu poder. "Quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele" (2 Crônicas 16:9).
As palavras de Moisés ao morrer, dirigidas ao povo de Deus foram: "Sede fortes e corajosos, não temais, nem vos atemorizeis diante deles, porque o Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco; não vos deixará, nem vos desamparará" (Deuteronômio 31:6).
Finalmente, ouvimos o apóstolo Paulo. Ele ora para que se abram os olhos de cada um dos santos, para verem a grandeza do poder de Deus para conosco: "Que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder" (Efésios 1:17-19- itálicos meus).
Dentre as coisas mais importantes que me lembro, a maior delas é a memória que compartilhamos toda semana à Santa Ceia. Nos recordamos da morte do Senhor, do maior de todos os milagres. O nosso Senhor Jesus Cristo conquistou a morte, e hoje se mostra vitorioso sobre qualquer provação que você enfrente. E ainda mais, Ele está com você em sua provação. Insisto consigo: erga os olhos da dor, e lembre das maravilhosas obras que Ele fez por você. Então terá uma visão da majestade e da glória do Deus que é o seu livramento.
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