Translate

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Muito clara a resposta do Pastor Ciro!

Crente que tem promessa não morre?



Escrevi recentemente um artigo denominado
“Coisas que a Bíblia não diz”, por meio do qual refuto clichês como “Crente que tem promessa não morre”. Alguns internautas não gostaram, e outros dizem que esse controverso chavão tem apoio bíblico. Exponho abaixo a argumentação do irmão Flávio Silva (sem revisão gramatical e estilística), acompanhada de minha resposta.

"Graça e Paz, irmão Ciro. Meu nome é Flavio Silva.
Caro irmão Ciro, referente ao texto acima onde o Sr, diz que essa afirmação ("Crente que tem promessa não morre") não é verdade usando os versiculos 13 e 39 de Hebreus, discordo parcialmente da sua afirmação. Segue abaixo o que penso acerca disso:
Pois no caso do versiculo 39 o autor fala da promessa dada a Israel sobre a vinda do messias que é Jesus, não é uma promessa pessoal, no caso do versiculo 13 são promessas para as gerações futuras de Israel.
Podemos ver varias. Assim como a promessa do arrebatamento da Igreja.
Creio e tenho certeza que crente que possui promessas de Deus para sua vida não morrerá sem que veja o cumprimento, assim como foi Prometido a Simeão que veria o Cristo antes de Morrer Lc 2:26.
Concluindo:
Quando temos promessas para vida pessoal, nao morreremos sem ve-las se cumprir.
Quando a promessa é referente a igreja ou a minha posteridade essa poderei ou não morrer sem que veja cumprir".

Caro irmão Flávio Silva, a paz do Senhor.
Meu nome é Ciro Sanches Zibordi (risos). Quanto à sua afirmação de que "Crente que tem promessa não morre", gostaria de dizer-lhe, antes de tudo, que é temerário valorizarmos chavões ditos por animadores de auditórios, geralmente acostumados a falar o que querem, irresponsavelmente, a platéias que os aplaudem, não refletindo sobre o que ouvem (cf. At 17.11).
O irmão aparenta ser sincero, disposto a conhecer a verdade, e não alguém interessado em me testar, como alguns que freqüentam este blog. Por isso, vou dedicar alguns minutos ao seu comentário...
Primeiro, reafirmo que empreguei o texto de Hebreus 11 conscientemente, e não de forma impensada. Citei-o por convicção, haja vista considerá-lo claro quanto à refutação do clichê em apreço.
É óbvio que o tal chavão não resiste a uma exegese. Isto é, se o analisarmos à luz da analogia geral das Escrituras, considerando todos os aspectos que envolvem as promessas de Deus, como a condicionalidade de boa parte delas, não há como sustentar a falaciosa tese nele contida.
O Senhor Jesus não é obrigado a cumprir todas as promessas que as pessoas julgam ter recebido dEle. E usar o tal bordão como uma segurança de que não morreremos enquanto as tais "promessas" não se cumprirem é uma atitude que vai de encontro (e não ao encontro) de textos como 1 Pedro 2.11 e Tiago 4.13-17. Estes não deixam dúvidas quanto a podermos partir para a eternidade a qualquer momento.
Qual é o crente que não julga ter promessas, hoje? Eu tenho promessas, mas não me valho delas para me considerar imortal. Estou preparado para encontrar com o Senhor Jesus, seja na sua Vinda, seja por meio da morte, a qualquer momento. Os dois pastores que morreram no acidente com o vôo da TAM, há alguns meses, tinham inúmeras promessas...
Basta um pouco de bom senso, para se perceber que o tal clichê, apesar de parecer bíblico, torce a Palavra de Deus, levando o crente a pensar que é invencível. Quando acontece uma tragédia de grandes dimensões envolvendo servos de Deus, e centenas deles morrem, isso significa que nenhum deles tinha promessas pessoais?! Um avião não cairá se houver nele um crente que julga ter uma promessa pessoal?
Caro irmão, pense biblicamente; raciocine, mas não se esqueça de que a Bíblia é a nossa fonte máxima de autoridade, a nossa regra de fé, de prática e de vida. O seu simplismo me deixou preocupado, pois, quando resolvemos refutar um pensamento, temos de ter a Bíblia ao nosso lado, e não o nosso raciocínio, baseado em algumas passagens isoladas. É preciso ter em mente toda a verdade contida nas Escrituras.
É claro que as verdadeiras promessas de Deus se cumprem, como no caso de Simeão, mas não se esqueça da condicionalidade de muitas delas, pois nem todas são de caráter imperativo. A promessa de Lucas 24.49 (coletiva) só foi recebida por quase 120, mas foi dada a mais de 500, pelo menos. Promessas pessoais também não se cumprem devido a fatores outros, como o mencionado em Eclesiastes 7.17.
Muito melhor do que apegar-se ao tal bordão é firmar-se na promessa de Apocalipse 22.20, que inclui a última oração da Bíblia: "Ora, vem, Senhor Jesus". E esta só pode ser feita por quem verdadeiramente está preparado, confiando nas promessas contidas em 1 Tessalonicenses 4.16-18 e 2 Timóteo 4.8.
Melhor do que firmar-se em um bordão simplista e irresponsável é estar preparado para partir para a eternidade a qualquer momento, como Paulo, que, ao receber uma profecia de Ágabo, disse que estava pronto até para morrer!
O clichê em apreço, por conseguinte, leva o crente a esquecer-se das coisas de cima (Cl 3.1,2), fazendo-o pensar que é um super-herói. Pedro, quando estava na prisão (At 12), sabia que morreria velho, pois Jesus lhe revelara isso (Jo 21). Contudo, a sua vida demonstra que ele não se firmava nisso; antes, estava pronto a morrer a qualquer momento pela causa do evangelho.
Bem, vou parar por aqui, mas o aconselho a firmar-se na Palavra, e não em frases de efeito, usadas por animadores de auditório que não têm compromisso com as Sagradas Escrituras.
Para saber mais sobre essa pergunta, leia o livro Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar, a ser lançado pela CPAD.

Respeitosamente,

Ciro Sanches Zibordi

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Engrenagens



A máquina do tempo tem as engrenagens funcionando dentro de regras definidas pelo nosso Deus.


Ninguém pode ir de encontro a estas regras sem se ferir. 


Portanto, o tempo, e as engrenagens, trabalham em harmonia. 
O que seriam as engrenagens? 


São os meios usados pelo Criador para executar Seus juízos. Ninguém fica de fora dos juízos, nem os anjos.

Justiça




Sempre que nos perguntamos sobre as maneiras que Deus se utiliza para fazer valer a justiça, nos deparamos com problemas éticos.

Se Deus é Todo-Poderoso, por que permite tanta maldade?
A opção de escolhas foi necessária para revelar a sua justiça e o seu amor.

Como poderia haver liberdade se o princípio do livre-arbítrio nos fosse negado?
Seríamos autômatos e escravos?

Continuação das anotações...











No tempo em que os homens resolvem se redimir, o fazem sem considerar as verdades que estão fora do seu limitado campo do saber.


Quem pode conhecer o coração humano? 


E os fenômenos sobrenaturais? 


Como disse Shakespeare:"Há mais coisas entre o céu e a terra que jamais pode sonhar nossa vã filosofia."

Obviamente, as considerações precisam ser observadas, pois caso não sejam, ficamos sem luz em nossas vidas.

Vamos sendo iluminados a medida que examinamos as profecias e estas estão reveladas na Bíblia.

Este livro ignorado, tem surpreendido gênios; mas gênios nasceram no exame cuidadoso das suas páginas.


Ele é o manual do Criador!!

Algumas Anotações!

Se Deus resolvesse todos os seus problemas de relacionamento, matando as suas criaturas, o perfil do planeta seria outro. Tudo que aprendêssemos sobre Ele desse modo, seria usado contra Seus santos e justos atributos. Deus não é um ser perverso maligno e injusto. Nós não conhecemos bem o passado e o presente, e ficamos cegos em relação ao futuro. A maioria não observa o que diz a Bíblia. Deus é Omnisciente, Omnipresente e Omnipotente. Conhece o futuro por isso não se apressa como os humanos. Nós somos imediatistas, queremos tudo em pouco tempo; Mas Ele conhece os três tempos!!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Artigo do Pastor Ciro Zibordi









O perigoso culto ao “eu” do triunfalismo e do individualismo
Segundo a Palavra de Deus, não devemos nos conformar com o mundo (Rm 12.1-2), isto é, com as suas crenças, doutrinas, tendências, atitudes e filosofias, como: o hedonismo, o materialismo, o imediatismo, o ateísmo, o antropocentrismo, o machismo, o feminismo, o homossexualismo, etc. Neste artigo, discorreremos sobre os perigos do egocentrismo, do individualismo e, principalmente, do triunfalismo, os quais vêm fascinando cristãos desavisados.

Egocentrismo, à luz da psicologia, diz respeito ao conjunto de atitudes ou comportamentos de um indivíduo que se refere essencialmente a si mesmo. Essa tendência é contrária à Palavra de Deus, que condena a soberba, o orgulho, o egoísmo e o egotismo. Todos esses termos, com significações específicas, se inter-relacionam, designando o culto ao “eu”.

Quanto ao individualismo, trata-se da doutrina moral, econômica ou política que valoriza a autonomia individual, em detrimento da hegemonia da coletividade despersonalizada, na busca da liberdade e satisfação das inclinações naturais (Houaiss). É a tendência e a atitude de quem revela pouca ou nenhuma solidariedade e busca viver exclusivamente para si; também está associado à egolatria.

Foi o Diabo o primeiro a cultuar o “eu”, tentando, inclusive, igualar-se a Deus (Is 14.12-15 e Ez 28.15-17). Por isso, como o mundo jaz no Maligno (1Jo 5.19), as suas filosofias predominantes são o egotismo e o narcisismo — se bem que este último diz respeito principalmente ao estágio precoce do desenvolvimento psicossexual no qual o indivíduo tem a si mesmo como objeto sexual —, ambas condenadas pela Palavra de Deus (Lc 12.17-21; Gl 2.20; Jo 3.30; Sl 138.6; Ec 2.4-11; Lc 18.9-14 e 1Pd 5.5).

O termo “triunfalismo” diz respeito à atitude excessivamente triunfante; ao sentimento exagerado de triunfo. É a mais perigosa dentre as influências filosóficas em análise, posto que os falsos mestres a propagam encobertamente entre nós (2Pd 2.1 e At 20.30). E, como num círculo vicioso, os crentes desavisados, ávidos por ouvir palavras que agradem os seus ouvidos (2Tm 4.3), abraçam os mencionados egocentrismo e individualismo, bem como todo o tipo de influência egotista.

Muitos cultos, em nossos dias, são reuniões para “massagear” egos, tendo como objetivo adular, elogiar e melhorar a auto-estima dos crentes. A tendência é que esses irmãos se esqueçam de que são “vasos de barro” (2Co 4.7) e deixem de se humilhar debaixo da potente mão de Deus (1Pd 5.6), passando a ver tudo sob a ótica do triunfalismo. Isso é perigoso, pois a própria Bíblia assevera que no mundo temos aflições (Jo 16.33; At 14.22; Rm 5.1-6 e 2Co 4.16-17).

Quando um crente é estimulado a só pensar em bênçãos, torna-se cada vez mais egocêntrico e individualista. Ele não freqüenta as reuniões da igreja a fim de cultuar a Deus, e sim para satisfazer as suas necessidades. A sua fé é direcionada apenas à consecução de vitória, ignorando que os heróis da fé fecharam as bocas dos leões e escaparam da espada (Hb 11.33-34), mas também, pela mesma fé, foram maltratados, torturados, apedrejados, serrados e desamparados (Hb 11.25,35-38).

Segundo a teologia do triunfo, o crente deve “decretar”, “determinar”, “profetizar” bênçãos materiais e espirituais — nessa ordem — para a sua vida, além de exigir a saúde física como um direito. Tudo gira em torno da fé, vista como a mais importante virtude da vida cristã. Mas isso não é a fé saudável, bíblica, e sim a egolátrica fé na fé. Conquanto precisemos de fé para agradar a Deus (Hb 11.6) e sejamos vencedores, em Cristo (Rm 8.37 e 1Co 15.57), essa virtude sem as obras é morta (Tg 2.17,24,26; 2Pd 1.5-9; Ef 2.8-10 e 1Co 13.2,13).

Além de supervalorizar a fé, os triunfalistas apegam-se à maldição hereditária, à cura interior — isto é, à falsa cura interior —, à priorização da vitória financeira, a exageros no campo da batalha espiritual e à pretensa saúde perfeita. Para eles, o cristão só adoece se estiver em pecado ou dominado pelo Diabo. Ignoram que nem todas as doenças provêm do Maligno (Jo 9.3; 11.4; Sl 90.10; 2Co 4.16; 1Pd 1.24 e 1Co 15.54). Embora Jesus tenha poder para nos curar, segundo a sua vontade (1Jo 5.14; Mt 6.9,10 e 26.42), ainda estamos sujeitos às enfermidades (2Rs 13.14; 1Tm 5.23; 2Tm 4.20 e Sl 41.3).

Outro desvio triunfalista é a menção constante ao Diabo e seus agentes. Cantores e expoentes bradam: “Vou cantar para Satanás ouvir” ou “Vou gritar para sacudir o Inferno”. Certo pregador afirmou que a sua missão resume-se em “chutar a cara do capeta por onde passa”. Ou seja, como todas as coisas negativas seriam, supostamente, determinadas por Satanás, temos de dirigir-lhe palavras de ordem. Entretanto, devemos cantar para louvar a Deus; e pregar para “abalar” o coração dos pecadores!

De acordo com Tiago 1.14, quando pecamos, fazemos isso em razão de nossa própria concupiscência. É do coração que procedem as obras carnais (Mt 15.19 e Gl 5.19-21). Pôr toda a culpa no Inimigo e depois dirigir-lhe palavras de ofensa é fácil! Difícil é se santificar e resistir até ao sangue, combatendo contra o pecado (Hb 12.4,14).

Os triunfalistas gostam de bater no peito e dizer: “Eu sou vencedor”. Eles supervalorizam as suas declarações de fé e, por isso, vivem “profetizando” que o Brasil ou certa cidade são do Senhor Jesus... No entanto, se não houver compromisso com o Deus da Palavra e com a Palavra de Deus, nada mudará. Quantos já não “abençoaram” esse País?! Precisamos conquistá-lo pela pregação do Evangelho, e não politicamente, pois o Reino de Cristo é espiritual (Jo 18.36 e Rm 14.17).

Se não fizermos a nossa parte, é inútil “decretar” o fechamento de bares e casas de shows, e “profetizar” que cinemas e teatros só apresentarão pretensos filmes e espetáculos evangélicos. O triunfalismo não muda em nada as circunstâncias. Deus quer e pode mudar a situação desse País, mas fará isso por meio de intercessão, evangelização e influência do povo que se chama pelo seu nome (1Tm 2.1-3; 2 Cr 7.14-15; Jr 33.3; 29.13; 31.9; Ef 6.18; Jl 2.12,17; Mc 16.15 e Mt 28.19).

O triunfalismo afasta o crente da sã doutrina sem que ele perceba, levando-o a pensar que as aflições não são uma realidade da vida cristã (1Pd 5.8-10; 2Co 8.1-2; Rm 8.18; 2Co 1.6; 1Pd 2.19-21 e 2Tm 3.12). A nossa vitoriosa caminhada rumo ao Céu deve ser caracterizada pela renúncia do “eu” (Lc 9.23; Fp 3.13-14; 2Tm 2.3; 2Co 1.5 e 2.4). Portanto, lembremo-nos das palavras de João Batista acerca de Jesus: “... que ele cresça e que eu diminua”, Jo 3.30.

Ciro Sanches Zibordi
Artigo publicado no jornal Mensageiro da Paz, da CPAD

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Resposta do Pr Ciro Zibordi

Caro irmão Ciro,
A paz de nosso maravilhoso Deus Pai encontrada em nosso amável Senhor Jesus Cristo.

Tenho sido abençoado pela leitura desse blog, apesar de discordar de alguns pontos. E como você mesmo afirmou: os jovens que se apegam a Palavra nos dias de hoje são ridicularizados e zombados. Muitas vezes ou taxado de crítico e etc. Mas assim como você prefiro agradar a Deus a homens.

Umas dos tópicos que apreciei muito e o qual já vinham preenchendo meus pensamentos é o da exposição das músicas “evangélicas” à luz da inerrante Palavra de Deus. Por exemplo, tenho questionado duas músicas muito apreciadas pelo povo da igreja evangélica:
- Restitui: voltado ao bem-estar humano do que a humilde adoração de um Deus Soberano, Bondoso e Perfeito.
- Marca da Promessa: apesar de ser totalmente bíblico que temos o selo do Espírito, tenho percebido que essa música tem gerado crentes conspiracionistas.
Quiçá farei um dia uma análise bíblica dessas músicas em meu blog.

Gostaria de agora discutir o ponto que discordo em seu texto: o livre arbítrio
Antes me deixe fazer algumas ressalvas:
- sou jovem e ainda tenho MUITO a aprender. E profundamente e temerosamente desejo isso.
- a única fonte de perfeição doutrinária é a Bíblia. Nem eu, nem o senhor. E tenho certeza que você concordará comigo neste ponto.
Bom, então serei breve (o que o devido assunto infelizmente não permite):

Como está escrito: “Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer”.
“Suas gargantas são um túmulo aberto; com suas línguas enganam”
“Veneno de serpentes está em seus lábios”
“Suas bocas estão cheias de maldição e amargura”
“Seus pés são ágeis para derramar sangue; ruína e desgraça marcam os seus caminhos, e não conhecem o caminho da paz”.
“Aos seus olhos é inútil temer a Deus”. (Romanos 3: 10-18, NVI)

A pergunta que tenho é: como esse texto de Romanos, escrito por Paulo, quando este discursava sobre salvação e graça de Deus, encaixa-se na sua visão sobre o livre-arbítrio?

Espero que você como amante da Palavra de Deus pense no assunto e não se sinta o dono da verdade, assim como nos desafiou a fazer. E siga seu próprio conselho: “caro irmão, seja humilde para reconhecer o seu equívoco interpretativo” caso conclua que você estava equivocado.

Obs: por favor, evite fazer generalizações, ou quando fizer sempre use ressalvas (pelo menos este é o meu ponto de vista). Conheço muitos calvinistas apaixonados por Cristo e pela Bíblia, assim como conheço muitos arminianos deste modo e muito que nem sabe quem foram esses dois. Contudo esses termos (calvinistas e arminianos) são simplesmente termos que denotam correntes teológicas. Sim eu sei que há exageros. Por isso concordo com você: sejamos cristãos.

Obs: o fato de a Bíblia conter pontos complicados não significa que esses pontos não devam ser examinados e bem examinados e interpretados, nem deixam de ser inspirados ou doutrinários. Não sei se essa é a sua posição (pessoalmente, creio que não), mas muitos poderiam pensar desta maneira.


No Amor e na Verdade que nos une,
Vinícius
(-V-)
09 Julho, 2008
Ciro Sanches Zibordi disse...

Prezado Vinícius,

A paz do Senhor!

Louvei a Deus por ter sabido que o irmão vem sendo abençoado pela leitura desse modesto blog, ainda que discorde de alguns pontos contidos em meus artigos.

O irmão diz que gostaria de discutir um ponto que discorda em meu texto: o livre-arbítrio. Mas, com toda a sinceridade, não pretendo transformar essa postagem em uma interminável discussão ou debate sobre calvinismo versus arminianismo ou soberania de Deus versus livre-arbítrio, como tenho visto na grande rede.

Meu propósito é apenas apresentar o que tenho recebido como verdade da parte de Deus, por meio de sua Santa Palavra. É como se fosse uma pregação expositiva sobre o assunto. E quem quiser discordar, que discorde, mas não publiquei o texto com a intenção de dar início a um debate. Aliás, nem preciso fazer isso, haja vista a grande quantidade de tópicos no Orkut sobre essa questão.

De fato, está escrito que não existe nenhum justo, nem um sequer, e que não há ninguém que entenda ou busque a Deus. Todos, verdadeiramente, se desviaram, tornando-se inúteis e imundos (Sl 14.2,3; Is 60.6; Pv 20.9; Is 51.5; Rm 3.23; 5.12, etc.).

Entretanto, a Queda, apesar de seus efeitos deletérios, que comprometeram em parte o livre-arbítrio, não o invalidou por completo, como demonstrei à luz da Palavra de Deus.

Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para como todos usar de misericórdia (Rm 11.32; 1 Tm 2.4). O ser humano por si mesmo não pode entender os mistérios da salvação, mas quando ele, mediante o livre-arbítrio, abre o coração para o Senhor Jesus, o véu é tirado de seu coração (1 Co 2.10-15; 2 Co 3.1ss; Mt 11.25; Sl 24.15).

O texto de Romanos 3.10-18 evidencia a terrível situação do pecador não-regenerado (Is 1.5,6), mas em momento algum invalida a doutrina do livre-arbítrio, exposada em toda a Bíblia. Basta estudá-la, sem preconceito, para entender que o Senhor respeita, sim, as escolhas humanas (Mt 10.32,33; Lc 9.23; Ap 22.17; 2 Cr 15.2).

Sabemos que tudo vem de Deus, até mesmo a nossa capacidade de se arrepender (At 11.18; Ef 2.8-10; Tg 1.16), haja vista termos sido dotados de intelecto, sentimento e vontade. O que é o verdadeiro arrependimento, senão o emprego de todas essas faculdades no reconhecimento de nossa pecaminosidade?

A parábola dos dois filhos (ou do filho pródigo) ilustra muito bem a doutrina da livre-vontade humana. O rapaz refletiu, reconheceu, resolveu e agiu (Lc 15.1ss). Só depois disso que o pai foi ao seu encontro (Tg 4.8). Deus respeita o livre-arbítrio e não se vale da presciência para condenar pessoas arbitrariamente.

Não me considero dono da verdade, diferentemente de boa parte dos predestinalistas. Antes, reconheço que a soberania de Deus não invalida a doutrina do livre-arbítrio. E isso é, incontestavelmente, bíblico, como foi demonstrado no artigo que gerou o seu comentário.

Eu não proponho, ainda, que os pontos complicados não sejam bem examinados e interpretados, mas não tenho dúvidas de que a palavra final não é dada nem por calvinistas nem por arminianos. Por isso, esses "rótulos" caem por terra ante à infalibilidade das Escrituras (1 Pe 1.23,24; 2 Pe 1.20,21; 2 Tm 3.16,17).

Em Cristo,

CSZ
09 Julho, 2008










Desde os tempos dos apóstolos existem indoutos e inconstantes que torcem as Escrituras para a sua própria perdição (2 Co 2.17; 2 Pe 2.1-3). E o que nos chama a atenção é que muitos falsificam a sã doutrina em razão de não entenderem certos pontos difíceis (2 Pe 3.16).
Qual tem sido a sua postura ante os pontos da Bíblia que você julga difíceis? Lembre-se de que a Bíblia é a Palavra de Deus sempre, entendamos ou não a sua mensagem.

Você não entende a Trindade? Mas ela é bíblica!

Você pode até não entender a doutrina da Trindade, mas isso não lhe dá o direito de abraçar o falacioso unicismo e sair por aí cantando, pregando e escrevendo contra uma doutrina cristalina e incontestável da Palavra de Deus. Afinal, a fé deve preceder a razão, principalmente em assuntos que transcendam o nosso entendimento (1 Co 2.14,15).
“Ah, isso é questão de interpretação” — alguém dirá. Mas eu lhe pergunto: Onde e com quem você aprendeu que Deus não é trino e que, sendo uma única Pessoa, ora manifesta-se como Pai, ora como Filho, ora como o Espírito Santo? Por que não crê no que a Bíblia diz claramente? O Senhor Jesus não disse, em Mateus 28.19, que o batismo em águas deve ser ministrado em nome da Trindade? As Escrituras não lhe são suficientemente claras quando mencionam a bênção apostólica, em 2 Coríntios 13.13, pela qual o Filho, o Pai e o Espírito Santo (nessa ordem) são apresentados como três Pessoas distintas?
Não me diga que você usará a lógica humana e simplista para dizer que o termo “trindade” não está na Bíblia! É óbvio que não está, assim como as palavras “onisciente” e “onipresente”. Contudo, Deus é onisciente, onipresente e trino, segundo a inerrante Palavra de Deus. Por que negar a Trindade? O próprio Senhor Jesus, o Deus Filho — a quem você diz honrar — se referiu ao Pai celestial diversas vezes (Mt 7.21; 11.25; Jo 14.16). Ele mesmo pediu ao Pai que enviasse outro (gr. allos) Consolador! Outro porque todas as três Pessoas da Trindade são consoladoras.
Por que Estevão viu o Senhor Jesus à direita de Deus, se não existe Trindade? Em Atos 5, vemos que Ananias não mentiu aos homens, e sim a Deus (v.4). E as suas palavras de engano foram proferidas ao Espírito Santo (v.3). Nesse caso, o texto, além de mostrar, de modo direto, que o Espírito Santo é Deus, enfatiza indiretamente que Ele é uma Pessoa. Por quê? Porque ninguém mente a uma coisa ou força impessoal, não é mesmo?
Diante do exposto, o cristão que nega a doutrina da Trindade, por mais fervoroso e piedoso que aparente ser (Mt 7.15), rejeita a Palavra de Deus (Gn 1.1,26; Dt 6.4; At 7.55; Rm 5.1-5; 1 Co 12.4-6), o Senhor Jesus e o Espírito Santo (Mt 3.13-17). Que tipo de cristão é esse?

Você não entende o batismo com o Espírito Santo? Mas ele é bíblico!

Sei que vários irmãos cessacionistas zombarão do que escrevi, mas talvez alguns abram mão de suas posições pessoais, a fim de aceitarem a multiformidade da obra do Espírito Santo (1 Co 12.4-11). A Palavra de Deus apresenta claramente tanto o batismo do Espírito, que diz respeito à inserção do novo crente no Corpo de Cristo (1 Co 12.13), como o batismo com o Espírito, um revestimento de poder para quem já é salvo (Lc 24.49; At 2.1ss).
Qual é a finalidade desse revestimento de poder? Em Atos 1.8, o Senhor Jesus responde — eu disse: “o Senhor Jesus responde” — a essa pergunta: “... recebereis a virtude do Espírito Santo... e ser-me-eis testemunhas...” Por que rececemos o dunamis, o poder dinâmico do Espírito? Para sermos melhores testemunhas de Cristo! Portanto, caros cessacionistas, o batismo com o (ou no) Espírito Santo não é para ser salvo. Não o confunda com o selo ou batismo do Espírito (Ef 1.13,14). Não é porque você não entende a multifacetada obra do Espírito, que ela não seja real. Ademais, a Palavra de Deus não nos autoriza a desprezar as profecias, tampouco a apagar o fogo do Espírito (1 Ts 5.18-20).

Você não entende o livre-arbítrio? Mas ele é bíblico!

Certos irmãos predestinalistas têm zombado de quem crê na doutrina bíblica do livre-arbítrio. E o que eles mais gostam de fazer é ridicularizar os seus irmãos que crêem de maneira diferente, taxando-os, desdenhosamente, de arminianos. Alguns chegam ao ponto de crer mais em Calvino do que no Senhor Jesus! Ora, o certo é examinarmos tudo e retermos somente o bem (1 Ts 5.21).
Entenda você ou não, o livre-arbítrio é uma verdade bíblicocêntrica e cristalina. E foi Deus quem dotou o ser humano da livre-vontade (Gn 3). Mesmo depois da Queda, e os efeitos deletérios advindos dela, o ser humano continuou com esse atributo (Dt 30.19; Is 1.18,19). E a condição hoje para a salvação em Cristo é — mediante o livre-arbítrio — arrepender-se e crer no evangelho (Jo 3.16,36; Mc 16.16; At 3.19; Rm 10.9,10; Ap 22.17). Não é o fato de você não entender certos pontos difíceis da Bíblia que os invalidam ou lhe dá a liberdade para seguir à sua lógica.
É óbvio que não desprezo os teólogos e suas ponderações. Até porque sou um grande apreciador do labor teológico. Mas precisamos de menos teólogos e filósofos, e de mais amantes da Palavra de Deus, os quais sabem que interpretar a Bíblia nada mais é do que, mediante à iluminação do Espírito Santo (1 Co 2.9,10), extrair dela as verdades reveladas (Dt 29.19; Rm 8.18; Ap 22.18,19). Esse é, inclusive, o sentido do termo “exegese”.
Portanto, caro irmão, seja humilde para reconhecer o seu equívoco interpretativo. Esqueça-se desses “rótulos” que muitos hoje apreciam, pelos quais promovem debates inúteis, como: “Trinitário ou unicista?”, “Cessacionista ou continuacionista?”, “Arminiano ou calvinista?” Siga a Bíblia! Ame a Palavra de Deus! Prefira ser um cristão (1 Pe 4.16) que ama as Escrituras, mesmo que não consiga entender claramente certos pontos difíceis contidos nela (At 17.10,11; 1 Co 4.6).
Amém? Nem todos podem dizer “amém”...

Ciro Sanches Zibordi

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

7 Coisas q a gente faz e depois se arrepende!

7 coisas que A GENTE faz e DEPOIS se ARREPENDE
Tipo: Esboços e estudos bíblicos / Autor: Pr. Elcio Lourenço

Parece que já aconteceu com todo mundo. Comigo, com você. A gente pára e conclui que tomou uma decisão mas deveria ter tomado outra, e assim fica sem o resultado esperado.

Algumas dessas opções “equivocadas” são passíveis de revisão - com dano mínimo - mas uma parcela menor não aceita a tal “marcha à ré”, e os efeitos nos incomodam por um tempo nada desprezível de nossa existência.

Sem querer “ensinar vida” a quem quer que seja, pois esta somente se aperfeiçoar com o próprio viver, mas lembrando que os avisos nas estradas buscam exatamente reduzir os acidentes, e foram ali colocados pelos que estudaram o traçado da via e sabem como se comportaram os veículos a cada velocidade, deixo para reflexão sete opções que podem ser pensadas antes para evitar arrependimento depois.

Neste propósito, nada mais aconselhável do que utilizar a sabedoria da Bíblia Sagrada para pontuar nossas alternativas.

1. Comi ou bebi demais, e agora estou arrependido, sofrendo as conseqüências físicas disso.

Salomão nos recomenda como estratégia: “e põe uma faca à tua garganta, se és homem glutão.” (Pv 22:3).

2. Não planejei os meus atos e sofro as conseqüências de não poder concluir minhas tarefas.

Jesus alerta a esse respeito: “Qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem como acabar, ... para que não aconteça que não podendo acabar, todos escarneçam dele,” (Lc 14:28-29)


3. Disse uma palavra dura contra o meu amigo, companheiro ou parente, e estou ressentido do meu gesto, pois poderia ter evitado magoar a pessoa e, ao mesmo tempo, me entristecer.

Nos provérbios temos um guia para nosso modo de falar: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. (Pv 15:1).

4. Deixei de oferecer a atenção devida para a minha família, em especial para meus filhos pequenos, pois estava muito ocupado, e agora sofro problemas com o comportamento deles.

Desde muitos séculos a Palavra de Deus nos ensina: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” (Pv 22:6).

5. Fiquei de fiador de uma pessoa que não fez os pagamentos, e agora responsabilidade recaiu sobre mim. Ah! Se arrependimento......

Embora a beneficência e o amor pelos necessitados sejam recomendações claras das Escrituras, fiança nunca contou com seu apoio: “Decerto sofrerá severamente aquele que fica por fiador do estranho, mas o que aborrece a fiança estará seguro”. (Pv 11:15)

6. Comprei alguma coisa sem avaliar a sua utilidade e não tenho para ela qualquer proveito, sendo assim uma compra inútil. Gastei à toa.

Cada coisa tem sua razão de ser, de modo que, se não cumprem sua tarefa, acabam lançadas fora, como nos ensina Jesus a respeito do sal: “...se o sal for insípido, para nada mais presta, senão para ser lançado fora”. (Mt 5:13).

7. Considerei que Deus e a vida eterna eram coisas para pensar depois, agora não tenho certeza da salvação da minha alma.

Cristo é claro quanto às prioridades que devam ser estabelecidas na vida terrena, uma vez que ela é só a ante-sala da vida eterna: “Pois aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.” (Mt 16:25).

Certas escolhas equivocadas trazem efeitos relativamente simples, como uma ressaca ou indigestão, curável a partir do medicamento apropriado, outras levam a danos muito mais profundos, caso de problemas com filhos, mas nenhuma é tão importante como a que se refere à alma, pois ela vale mais que o mundo inteiro (Mt 16:26;Mc 8:36-37), e não podemos descuidar de tal opção.

www.pastorelcio.com

Texto de autoria de Pastor Elcio Lourenço. Pastor desde 1968. Engenheiro Civil e Matemático. Mestrado na Universidade de Birmingham/Inglaterra, em Engenharia de Transportes. Atualmente mora em Brasília.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Aborto

ABORTO: Tragédia ou Direito?


Publicado em 7/20/2004

Julio Severo (juliosevero@hotmail.com)
JesusSite

Quando se fala em legalização do aborto, imediatamente é levantada a questão dos "casos difíceis": as situações que deixam até mesmo as pessoas mais compassivas despreparadas diante dos que defendem o direito ao aborto. Uma menina de 12 anos é sexualmente abusada pelo próprio irmão. Uma adolescente de 16 anos, filha única de uma mãe solteira que tem de trabalhar fora para sustentar a casa, é brutalmente estuprada por um estranho. Um homem domina uma jovem em seu primeiro namoro e a violenta. Esses são apenas alguns dos casos trágicos.

Os que são a favor do aborto tiram vantagem de situações assim para ganhar a simpatia da população. Quando uma mulher ou menina é vítima de abuso sexual, dizem eles, o aborto é uma solução. Eles afirmam que "forçá-la" a ter o bebê a deixará traumatizada. O que poderia ser mais cruel, perguntam eles, do que insistir em que uma jovem ou mulher gere em seu corpo uma criança concebida num ato de estupro ou abuso?

Manipulando as "exceções"

Esses argumentos não são novidade. Aliás, a maioria dessas estratégias foi usada pelos ativistas pró-aborto nos EUA.

Utilizando a questão do "estupro" para persuadir os políticos, os jornalistas e a opinião pública, as feministas conseguiram, em 1973, legalizar o aborto nos EUA no famoso caso Roe x Wade, diante do Supremo Tribunal. Nesse caso, "Jane Roe" afirmou buscar uma operação de aborto quando ficou grávida depois de ser violentada por vários homens. Anos mais tarde, Norma McCorvey, a mulher que usou o nome de "Jane Roe", reconheceu que suas advogadas feministas inventaram toda a estória do estupro. Ela só não pôde mais esconder a verdade porque se converteu ao Cristianismo. Hoje ela conta: "Fui uma boba que fiz tudo o que os promotores do aborto queriam. Na minha opinião, pode-se afirmar sem sombra de dúvida que a indústria inteira do aborto está alicerçada em mentiras." [1]

Então, hoje sabe-se que o caso judicial de estupro usado para legalizar o aborto nos EUA foi uma fraude. Aliás, os argumentos a favor de direitos ao aborto foram uma farsa desde o começo. Os advogados pró-aborto descobriram que poderiam ganhar o apoio popular e a simpatia judicial focalizando os horrores dos abortos clandestinos e ilegais. Eles argumentavam que centenas de mulheres estavam morrendo nas mãos de "açougueiros" que exploravam mulheres desesperadas. Eles até apresentavam estatísticas, afirmando que havia um grande número de mulheres com problemas de saúde devido ao aborto ilegal e que essas mulheres estavam dando despesas pesadas para o sistema de saúde pública. Para eles, a solução era legalizar o que eles chamam de "interrupção da gravidez".

Depois da legalização, o Dr. Bernard Nathanson se tornou o diretor da maior clínica de abortos do mundo ocidental e presidiu 60 mil operações de aborto. Como McCorvey, ele também teve uma experiência de conversão. Hoje ele conta o que alguns especialistas médicos, inclusive ele mesmo, afirmavam antes da legalização do aborto nos EUA:

Diante do público… quando falávamos em estatísticas [de mulheres que morriam em conseqüência de abortos clandestinos], sempre mencionávamos "de 5 a 10 mil mortes por ano". Confesso que eu sabia que esses números eram totalmente falsos… Mas de acordo com a "ética" da nossa revolução, era uma estatística útil e amplamente aceita. Então por que devíamos tentar corrigi-la com estatísticas honestas? [2]

Para iludir o público, as feministas garantiram que só queriam o aborto legalizado nos casos de estupro e incesto. Mas aí, quando a questão já estava avançando nos tribunais, elas passaram a dizer que é injusto permitir o aborto só nessas situações. Foi assim que os casos de estupro e incesto acabaram se tornando a porta escancarada que deu às mulheres americanas o direito livre e legal de fazer aborto por qualquer razão e em qualquer estágio da gravidez, desde o momento da concepção até o momento do parto. Hoje são realizados por ano mais de 1 milhão de abortos nos hospitais e clínicas dos EUA.

Para legalizar o aborto no Brasil, alguns especialistas empregam a mesma estratégia de exagerar as estatísticas. Anos atrás, a CNN mostrou um documentário de uma hora sobre o aborto no mundo. Na seção sobre o Brasil, o repórter da CNN afirmou:

O aborto no Brasil é uma das maiores causas de morte entre as mulheres. Estima-se que sejam realizados no Brasil 6 milhões de abortos ilegais por ano. Esses abortos causam 400 mil mortes. Metade dos abortos feitos anualmente, ou 3 milhões, são realizados em meninas de 10 a 19 anos. De cada 100 delas, 21 morrerão. [3]

As estratégias usadas no Brasil são tão parecidas com os argumentos usados nos EUA porque os mesmos grupos que legalizaram o aborto lá estão atuando em nosso país. Mas o Instituto de Pesquisa de População de Baltimore, EUA, comenta:

Já que o número total de mulheres brasileiras em idade reprodutiva (15 a 44 anos) que morrem anualmente de TODAS as causas são apenas umas 40 mil (consulte o U.N. Demographic Yearbook, 1988, pp. 346-7 ou o World Health Statistics Annual da OMS, 1988, p. 120) a afirmação de 400 mil mortes de abortos ilegais é simplesmente impossível. O repórter que fez a notícia não só não se informou direito, mas também demonstra não saber matemática. Ele devia ter percebido que a afirmação de uma taxa de morte de 21 por cada 100 entre os alegados 3 milhões de abortos realizados em adolescentes dá um total de 630 mil mortes, um número maior do que os 400 mil que supostamente ocorrem de todos os abortos brasileiros juntos! Mas os lacaios do dono da CNN engoliram esse número e o noticiaram no mundo inteiro. [4]

A verdade aparece

O Dr. David Reardon, especialista em ética biomédica e pesquisador e diretor do Instituto Elliot de Pesquisa das Ciências Sociais, diz: "As pessoas pulam para conclusões sobre estupro e incesto com base no medo…" O Instituto Elliot publicou uma pesquisa recente que mostra que o aborto impede as vítimas de estupro de se recuperar. Durante um período de 9 anos, o Instituto coletou o depoimento de 192 mulheres que engravidaram como conseqüência de estupro ou incesto. Nessa pesquisa, há também o testemunho das crianças concebidas nessas circunstâncias.

É claro, os que defendem o aborto gostariam que todos acreditassem que as vítimas de violência sexual são mulheres desesperadamente necessitadas de serviços médicos de aborto. Mas a realidade não é bem assim. Apesar das circunstâncias trágicas, abusivas e muitas vezes violentas em que seus filhos foram concebidos, a maioria dessas mulheres na pesquisa escolheu lhes dar vida. Geralmente, a mulher só cede à realização de um aborto por pressão do abusador ou de outros membros da família.

O Instituto Elliot constatou que 73 por cento das vítimas de estupro escolheram dar à luz seus bebês. Em 1981, a Dra. Sandra Mahkorn conduziu a única importante pesquisa anterior de vítimas de estupro que engravidaram. De modo semelhante, ela constatou que de 75 a 85 por cento das vítimas de estupro escolheram dar vida a seus filhos.

A pesquisa mostra que praticamente todas as mulheres que realizaram um aborto lamentaram a decisão. Por outro lado, as mulheres que escolheram dar à luz seus filhos sentiram-se felizes por tê-los. "Agradeço a Deus pela força que Ele me deu para atravessar os momentos difíceis e por toda a alegria dos bons momentos", disse Mary Murray, que teve uma filha concebida num estupro. "Jamais lamentarei o fato de que escolhi dar vida à minha filha". Da mesma forma, os homens e as mulheres concebidos em situações de estupro e incesto elogiam suas mães por lhes dar vida. "Cristo ama todos os Seus filhos, até mesmo os que foram concebidos nas piores circunstâncias," diz Julie Makimaa, cuja concepção ocorreu quando sua mãe foi estuprada. "Afinal, não importa como começamos na vida. O que importa é o que faremos com nossa vida."

O aborto aumenta o trauma da violência ou abuso sexual

Em vez de aliviar a angústia psicológica das vítimas de violência sexual, o aborto traz mais angústia. O Dr. Reardon, que é especialista em questões pós-aborto, diz: "A evidência mostra que o aborto aumenta os traumas e o risco de suicídio. Mas o ato de deixar a criança nascer reduz esses riscos". Nos casos de incesto, as vítimas que engravidam são muitas vezes meninas novas e não estão devidamente conscientes de seu estado de gravidez. O Dr. Reardon diz que tal situação as deixa vulneráveis a profundos traumas psicológicos quando, anos mais tarde, elas percebem o que aconteceu.

A própria experiência do aborto, fisica e emocionalmente, pesa na mulher tanto quanto o trauma do estupro. O trauma maior é que, embora saiba que não teve culpa no estupro, ela sente-se responsável pelo aborto, até mesmo quando ela consente sob pressão. Algumas das conseqüências que um aborto deliberado traz:

Síndrome Pós-Aborto: Um estudo realizado pela Dra. Brenda Major, que é a favor do aborto, constatou que, em média, as mulheres relataram não ter recebido nenhum benefício de um aborto. [5]

Abuso de drogas e álcool: Mulheres que realizaram um aborto têm quase 3 vezes mais risco de usar drogas ou álcool do que mulheres que não abortaram. Mulheres que nunca usaram drogas ou álcool e abortaram seu primeiro bebê têm 5 vezes mais risco de começar a usar drogas ou álcool em comparação com mulheres que tiveram seus bebês. Vinte por cento relataram ter começado a usar drogas ou álcool um ano depois do aborto, e 67 por cento disseram ter começado num período de 3 anos. [6]

Taxas de mortalidade: Um estudo feito na Finlândia revelou que as mulheres que fizeram aborto tiveram 252 por cento mais chance de morrer no mesmo ano em comparação com mulheres que tiveram seus bebês. Em comparação com mulheres que deram à luz, as chances de morrer dentro de um ano após um aborto foram 1.63 para morte de causas naturais, 4.24 para mortes de ferimentos relacionados a acidentes, [7] 6.46 para mortes em conseqüência de suicídio e 13.97 para mortes em conseqüência de assassinato. [8]

Vítimas de estupro e incesto: O Dr. Reardon revela que das 50 vítimas de estupro que expressaram seus sentimentos sobre o aborto que realizaram, 88 por cento declararam que foi uma escolha errada. Quarenta e três por cento das vítimas de estupro avaliadas relataram que fizeram aborto por pressão dos outros. Mais de 90 por cento disseram que desaconselhariam outras vítimas de violência sexual a realizar um aborto. [9] O Dr. Reardon menciona um estudo que mostra que as mulheres que fazem aborto têm uma probabilidade duas vezes maior de ter partos antes ou depois do tempo, levando assim a defeito de nascença. [10] Ele também comenta que filhos de mulheres que já fizeram aborto tendem a ter mais problemas de comportamento.

Câncer de mama: De acordo com o livro Breast Cancer (Câncer de mama), do Dr. Chris Kahlenborn, a mulher que realiza um aborto tem 2 vezes mais probabilidade de sofrer o câncer de mama. [11]

De que modo a vida traz cura

Kay Zibolsky é fundadora da Liga Vida Depois da Agressão e oferece aconselhamento por experiência. Quando tinha 16 anos, Kay foi estuprada numa noite fria e escura por um homem estranho que ela nem mesmo conseguiu ver. Ela guardou o segredo do estupro, mesmo quando percebeu que estava grávida. "Minha mãe me ajudou a atravessar o trauma do estupro, mesmo sem saber que era um estupro, aceitando minha gravidez e dando toda ajuda que ela podia", diz Kay. "Eu poderia ter questionado se o ato violento e cruel do estupro desculpava o ato violento e cruel de destruir um bebê inocente. Escolhi pensar na parte do bebê que era minha parte". Ela deu à luz uma filha e lhe deu o nome de Robin. Hoje Kay tem Jesus na sua vida, é casada e tem outros filhos. Ela agora usa sua experiência para aconselhar milhares de mulheres vítimas de estupro e incesto, inclusive muitas que engravidaram. Ela conta: "Digo a elas que não é pecado ser estuprada. Estuprar é que é pecado. Isso joga a culpa onde tem de ser jogada. Digo que pecado é matar a criança concebida num estupro ou incesto. Se fizer um aborto, você terá de mais cedo ou mais tarde de lidar com esse pecado."

Kathleen DeZeeuw, que foi estuprada na adolescência, dá o seguinte depoimento: "Vivi uma experiência de estupro e criei um filho ‘concebido no estupro’. Por isso, sinto-me pessoalmente agredida e insultada toda vez que ouço dizerem que o aborto deve ser legal por causa do estupro e incesto. Sinto que estamos sendo usadas para promover a questão do aborto… Hoje trabalho como conselheira e muitas vezes uma jovem me pergunta: ‘Mas você não entende! Como você poderia realmente compreender?’ Dou meu testemunho, de como Deus usou até mesmo uma situação de estupro e a transformou para a Sua glória". Hoje o filho de Kathleen é casado e se dedica ao chamado missionário. Ele diz: "Como alguém concebido num estupro, tenho um modo especial de ver a questão do aborto. Se o aborto fosse legal na época em que fui concebido, eu não estaria vivo. Jamais teria tido a chance de amar e de me dar aos outros. Tenho tido oportunidades maravilhosas de dar meu testemunho também. Toda vez que alguém diz: ‘Mas e nos casos de estupro?’ Tenho a resposta perfeita!"[12]

Um dos testemunhos mais tocantes é o de Myra Wattinger. Ela e o marido haviam se divorciado havia pouco tempo e, como seus pais haviam falecido quando ela era adolescente, ela estava sem recursos e não tinha a quem recorrer. Então ela arranjou um emprego para cuidar de um homem idoso. Certo dia, enquanto ela estava só na casa, um dos filhos alcoólatra do homem a estuprou. Nessa situação, ela se sentiu abandonada e chegou a pensar que Deus não a amava. Mas, para piorar tudo, ela descobriu que engravidara. Ela não tinha condições de sustentar uma criança e não estava disposta a cuidar de um bebê concebido num ato de tanta humilhação e violência. Ela procurou um médico disposto a fazer seu aborto, mas não encontrou. A solução parecia ser uma só: suicídio. No exato momento em que essa idéia apareceu, surgiu em seu espírito a necessidade de orar. Ela olhou para o céu e clamou: "Senhor, estou carregando essa criança e não sei o que fazer". Ela nunca teve certeza se a voz era audível ou não, porém sentiu Deus lhe dizendo: "Tenha o bebê. Ele trará alegria ao mundo". Essas duas frases dissiparam todos os pensamentos de suicídio e de aborto. Hoje, seu filho, James Robison, é um evangelista com um ministério que tem alcançado e abençoado milhões de pessoas. Sem dúvida, o que Deus disse a Jeremias também se aplica ao evangelista Robison: "Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta". (Jeremias 1:5 RC) [13]

A ciência médica mostra claramente que a vida começa na concepção. Considere estes fatos:

• Fertilização: O espermatozóide do pai penetra o óvulo da mãe. As instruções genéticas dos dois combinam para formar uma nova vida individual única, dificilmente visível ao olho humano.
• Com 20 dias de gestação, os olhos do bebê começam se formar e o cérebro, a coluna vertebral e o sistema nervoso estão completos.
• Com 24 dias, O CORAÇÃO COMEÇA A BATER.
• Com 43 dias, AS ONDAS CEREBRAIS DO BEBÊ PODEM SER REGISTRADAS.
• Com 2 meses, o bebê tem aproximadamente 7 cm de comprimento e pesa 7 g. Todos os órgãos estão presentes, completos e funcionando (exceto os pulmões). As batidas cardíacas são fortes. O estômago produz sucos digestivos. O fígado produz células sanguíneas. Os rins estão funcionando. As impressões digitais estão gravadas. As pálpebras e as palmas das mãos são sensíveis ao toque. O estímulo com batidas leves no saco amniótico faz mexer os braços do bebê. 14

“Procure salvar quem está sendo arrastado para a morte. Você pode dizer que o problema não é seu, mas Deus conhece o seu coração e sabe os seus motivos. Ele pagará de acordo com o que cada um fizer”. (Provérbios 24:11-12 BLH)



A verdadeira compaixão

Mulheres nessas situações precisam do apoio e compaixão das igrejas, amigos e família para ajudá-las em seu processo de cura dos traumas. O aborto não é uma alternativa compassiva, pois uma criança concebida num estupro também é vítima e tem o mesmo valor humano que um bebê concebido num casamento. Além disso, será que um filho deve sofrer a pena de morte por crimes que o pai cometeu? Não foi a criança quem cometeu o estupro.

Embora a maioria dos ativistas que defendem a legalização do aborto alegue ser contra a pena de morte para assassinos e estupradores, eles não conseguem, porém, poupar dessa mesma pena crianças inocentes concebidas num ato de injustiça. Eles alegam que a pena de morte é um castigo cruel para os criminosos. Mas, estranhamente, nos casos de mulheres grávidas num estupro, eles escolhem morte para a criança inocente. Nem mesmo levam em consideração pelo menos a opção compassiva de deixar a criança nascer para depois entregá-la para a adoção. É de admirar então que os crimes de estupro estejam crescendo tanto? Enquanto o culpado escapa, duas vítimas inocentes ficam para trás para sofrer abuso, humilhação, preconceito e abandono.

Talvez a pior pressão para a vítima seja o "conselho" de médicos e psicólogos que, já endurecidos com o procedimento de eliminar uma criança através do aborto, procuram amortecer os sentimentos da mulher com relação à criança que ela está gerando em seu corpo e levá-la a uma decisão que, a nível emocional e espiritual, só lhe causará perdas e traumas.

A verdadeira atitude de compaixão seria amparar a mulher em sua situação de crise. Lembro-me de que anos atrás uma deputada propôs um projeto para que o governo desse total amparo material e médico às vítimas de estupro que haviam engravidado. Um belo exemplo de uma mulher ajudando outras mulheres. Ela queria que o governo se responsabilizasse pelo cuidado e proteção da vítima-mulher e da vítima-criança. Isso é justiça genuína. Mas então as feministas, que também alegam estar do lado das mulheres, se opuseram totalmente a esse projeto. Por que? Porque ajudar mulheres em tal situação prejudicaria as intenções de as feministas usarem esses casos para estabelecer e ampliar mecanismos legais, sociais e médicos para o abortamento de crianças concebidas em qualquer situação, justa ou injusta, como ocorre hoje nos EUA e na Europa. Assim, a única opção que elas dão à vítima é abortar ou ficar abandonada. Felizmente, a solução de Jesus Cristo para a vítima não inclui morte nem abandono. Através de muitas igrejas e famílias cristãs compassivas, Jesus está de braços abertos para oferecer a ela acolhimento, amor e assistência.

Uma versão deste artigo, escrita por Julio Severo, foi publicada pela primeira vez na revista Defesa da Fé de abril de 2002, pelo Instituto Cristão de Pesquisas. Copyright 2003 Julio Severo. Proibida a reprodução deste artigo sem a autorização expressa de seu autor. Julio Severo é autor do livro O Movimento Homossexual, publicado pela Editora Betânia. E-mail: juliosevero@hotmail.com


Notas:
--------------------------------------------------------------------------------
[1] Cf: http://cwfa.org/library/life/1999-12_pp_a-history.shtml

[2] Cf: http://cwfa.org/library/life/1999-12_pp_a-lies.shtml

[3] CNN and Brazilian Abortion Deaths, in Population Research Institute Review (Population Research Institute: Baltimore, EUA, janeiro/fevereiro de 1991), p. 12.

[4] Idem.

[5] Cf:http://cwfa.org/library/life/2001-01-23_whither.shtml

[6] Idem.

[7] Idem.

[8] Idem.

[9] Idem.

[10] Idem.

[11] Dr. Chris Kahlenborn, Breast Cancer: Its Link to Abortion and Birth Control Pill (OMS: Dayton,EUA, 2000).

[12] Idem e Raped & Pregnant: three Women Tell Their Stories (Last Days Ministries: Lindale, Texas-EUA, 1986).

[13] O testemunho completo de Myra Wattinger se encontra no capítulo 3 do livro Surpreendido com a Voz de Deus, de Jack Deere, publicado pela Editora Vida.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Seminário Fuller!

JesusSite

O Seminário teológico Fuller goza de grande influência. Quando foi formado, em 1947, ele sustentava que a Bíblia é infalível, inerrante, verbal e plenamente inspirada, mas, dentro de pouco tempo, isso foi rejeitado. Logo em seguida, o Fuller transformou-se em terreno fértil de compromisso com o Novo Evangelicalismo: adotando uma filosofia de neutralidade doutrinária, positivismo e orgulho intelectual.

Seu primeiro presidente, Harold John Ockenga, afirmava ter cunhado o termo "Novo Evangelicalismo" em 1948, numa convocação em conexão como seminário. Ockenga declarou que o Novo Evangelicalismo diferia do fundamentalismo em seu repúdio ao separatismo". Amigos, se rejeitais o "separatismo", repudiais as Escrituras.

O atual presidente do Fuller, Richard Mouw diz: "Logo em seguida, a Escola abandonou o separatismo e o dispensacionalismo, os quais haviam estado associados ao fundamentalismo dos anos 1940, passando a adotar uma postura conciliatória" (Christianity Today, 06/10/1997).

Tendo rejeitado a separação bíblica desde a sua concepção e tendo adotado a filosofia não escriturística do diálogo e da infiltração, não é de admirar que o Fuller tenha sido depressa infiltrado com o mundanismo e a descrença.

Em 1955, o Fuller endossou a versão liberal da RSV (Revised Standard Version), a qual logo substituiu a palavra "virgem" por "moça", na profecia messiânica de Isaías 7:14. Todos os homens envolvidos com a tradução da RSV pertencem à turma dos liberais. Walter Russell Bowie escreveu: "Os salmos imprecatórios e outras expressões idênticas refletem um Deus morto e que devia estar morto - que nunca esteve vivo, exceto na imaginação não redimida." (Where You Find God, p.25).

William Foxwell Allbrigth escreveu: "É claro que não se pode colocar João no mesmo nível dos Evangelhos Sinópticos, como fonte histórica" ("From the Stone Age to Christianism - Baltimore, John Hopkins Press, 1957).

Miller Burrows escreveu: "Não podemos tomar a Bíblia como um todo em toda parte, como declaração divina do que devemos fazer e crer" (Outline of Biblical Theology).

Henry Coldbury escreveu: "A ele [Jesus Cristo) foram atribuídas super-declarações a seu respeito, não como uma indiossincrasia pessoal, mas uma característica do mundo oriental" (Jesus, What Manner of Man?).

Clarence Craig escreveu: "O simples fato de um túmulo ter sido encontrado vazio poderá ter outras explicações, sendo exatamente a última, que poderia ser crida por um homem moderno, a de uma ressurreição física do corpo... Paulo não estaria falando de um evento que pudesse ser fotografado por testemunhas oculares, mas de um evento de percepção espiritual... Não para ser demonstrado mediante um apelo aos túmulos que estavam vazios". (The Beginning of the Christianity, ps. 135-136).

Edgar Goodspeed escreveu: "Jesus esteve longe de dar ao Velho Testamento como um todo o não qualificado consenso natural para um judeu do seu tempo" (The Formation of the New Testament, 1926, p. 7). Ele afirmava que Gênesis foi composto de "mitos e lendas babilônicos e de contos cananitas populares" (The Story of the New Testament, 1934, p. 107).

Em nosso livro "For Love of the Bible" entregamos idênticas e semelhantes citações de muitos outros tradutores da RSV, inclusive Frederick Grant, H. G. G. Herklots, Fleming James, William Irwin, James Moffatt e William Sperry. O endosso do Seminário Fuller à RSV tornou-se uma irrefutável evidência de que essa Escola já estava do lado errado na antiga batalha pela verdade. [N.T. - E o que dizer dos pastores e professores de seminários brasileiros que usam indiscriminadamente as versões BLH e NVI?].

Mudando a Declaração Doutrinária - Em 1976, Harold Lindsay, que atuou como professor e vice-presidente do Fuller, elevou sua voz contra a apostasia do Fuller. Em seu livro "The Battle for the Bible" (A Batalha Pela Bíblia), Lindsay dedicou um capítulo inteiro ao assunto "The Strange Case of Fuller Theological Seminary" (O Estranho Caso do Seminário Teológico Fuller). Em parte alguma do seu livro Lindsay discerne a raiz do erro do Fuller, que foi a separação bíblica, como também não apela aos evangélicos para se separarem da apostasia do Fuller; contudo, ele documenta o produto final do erro do Fuller, declarando: "Lá pelo ano de 1962 ficou clara a existência de alguns que já não criam na inerrância da Bíblia e, dentre estes, tanto a faculdade como a diretoria" ("The Battle for the Bible", p. 108).

Lindsay cita os nomes de muitos desses membros da diretoria e da faculdade: C. Davis Weyerhauswer, Daniel P. Fuller (filho do fundador da Escola), Calvin Hubbard (que veio se tornar presidente da Escola), James Daane e George Ladd. Nos passados anos 1970, o Fuller mudou sua declaração doutrinária para mais claramente refletir a posição sustentada pelos membros da Faculdade, ou seja, a declaração original de que a Bíblia é "plenamente inspirada e isenta de erro no todo e em parte...(e é) a única infalível regra de fé e prática" retirou "isenta de erro no todo e em parte", o que deixa margem para os hereges crerem que a Bíblia erra em assuntos tais, como ciência e história. Muitos evangélicos liberais têm tentado fazer uma distinção entre ser a Bíblia infalível e inerrante, afirmando que ela é infalível, mas não inerrante, o que é uma óbvia tolice. Se a Bíblia é infalível, ela é inerrante, tendo sido exatamente isso que o Senhor Jesus Cristo e os apóstolos ensinaram (João 10:35).

A mudança foi encorajada quando Daniel Fuller regressou da Europa, onde estudou com teólogos neo-ortodoxos, como Karl Barth. Ele aceitou a visão neo-ortodoxa de que a Bíblia é inspirada somente em assuntos pertinentes à espiritualidade, mas não em assuntos de ciência e história. A partir daí, o Seminário Fuller foi de mal a pior neste assunto. Duvidamos que exista hoje em dia na Escola algum professor que acredite que a Bíblia seja a inerrante e verbalmente inspirada Palavra de Deus, sem qualquer erro "no todo e em parte". O Seminário Fuller está enfatuado de erudição, tendo sorvido profundamente dos poços do modernismo.

Paul King Jewett - Foi professor de Teologia Sistemática no Seminário Fuller. Em 1975, ele publicou "Man as Man and Female" (Homem como Macho e Fêmea). O prefácio foi escrito por Virgínia Mollenkott, presidente do Departamento de Inglês no Colégio William Paterson, New Jersey. Mollenkott é uma lésbica, que se move nos círculos mais radicais pro-aborto. Em 1978, ela foi co-autora (Junto com Letha Scanzoni) do livro intitulado "Is the Homossexual My Neighbour?" (O Homossexual é Meu Próximo?), no qual ela apelou a uma não discriminação do homossexualismo, argumentando que a narrativa de Sodoma em Gênesis não ensina o pecado da homossexualidade, mas o da rapinagem contra a hospitalidade feita pela violenta gangue contra os estrangeiros. O livro ainda afirma que "a idéia de uma vida inteira de orientação ou condição homossexual jamais é mencionada na Bíblia" (p. 71) e que Romanos 1 "não diz respeito a um sincero cristão homossexual" (p. 62). Na edição de junho, 1991, do órgão mensal "Episcopal", Mollenkott testificou: "Meu lesbianismo sempre tem sido uma parte de mim...Tentei ser heterossexual. Tentei encontrar um marido. Mas o que finalmente descobri foi que Deus me criou assim e que isso dá sentido à vida". Em seu livro de 1994, "The Divine Feminine: The Biblical Imagery of God as Female" (O Feminino Divino: A Imagem Bíblica de Deus como Fêmea), Mollenkott chama Deus de "Mãe de nós todos" (p. 19) e sugere que a Oração do Senhor deveria ser dirigida a "Nosso Pai/Mãe que estás no céu" (p.116).

No livro "Man as Man and Female", Paul Jewett (professor do Fuller) admite ter sido influenciado pela crítica moderna da Bíblia, afirmando que a Bíblia contém erro, por ter sido escrita por homens.

"Estudos históricos e críticos dos documentos bíblicos têm compelido a igreja a abandonar a visão simplista da divindade da Escritura (a doutrina tradicional de que a Bíblia é a inerrante Palavra de Deus) e a se levar em conta a complexidade a um nível humano do processo histórico, pelos quais os documentos foram produzidos. Em vez da simples declaração, que é essencialmente verdadeira, de que a Bíblia é um livro divino, percebemos agora, mais claramente do que no passado, que a Bíblia é um livro divino/humano. Como divina ela emite a luz da revelação; como humana essa luz da revelação brilha e atravessa o espelho embaçado (1 Coríntios 13:12) dos vasos de barro (2 Coríntios 4:7) que foram os autores do seu conteúdo ao nível humano." ("Man as Man and Female", Jewett, p.135).

Jewett está errado. O Senhor Jesus Cristo sabia mais sobre a Escritura do que os modernos críticos textuais e jamais teve um lampeja sequer de que a Bíblia contivesse qualquer erro. Ele declarou claramente: "A Escritura não pode ser anulada" (João 10:35) e que os "jotas" e os "tils" têm autoridade e são preservados por Deus (Mateus 5:18).

Quando o Apóstolo Paulo declarou que "Toda a Escritura é divinamente inspirada" (2 Timóteo 3:16), obviamente ele entendia que existe um elemento humano na Escritura, porém sabia que Deus controlou os autores da Escritura de tal maneira que o produto destes é a inerrante Palavra de Deus. Qualquer doutrina da Escritura que discorde do ensino de Cristo e dos apóstolos é heresia.

Charles Scalise - Outro exemplo de como os professores do Fuller têm capitulado à visão modernista da Bíblia é Charles Scalise. Ele é professor adjunto de História da Igreja e Diretor Acadêmico do Seminário Fuller, no "Seatle's M. Div Program". Em seu livro "From Scripture to Theology": A Canonical Journey Into Hermeneutics" (Da Escritura à Teologia, uma Viagem Canônica Dentro da Hermenêutica) (Intervarsity Press, 1996), Scalise argumenta por aceitar as conclusões do criticismo bíblico, ao mesmo tempo aceitando a Bíblia como a "Palavra Canônica de Deus". Ele propõe "o ponto de vista canônico" do professor do Yale, Brevard Childs, o qual é um seguidor de Karl Barth. Scalise descreve não criticamente como a hermenêutica do pós criticismo de Karl Barth assiste Childs no mapear o seu caminho através de "o deserto do criticismo" (p. 44). Na verdade, o criticismo bíblico moderno é um deserto, mas em vez de o rejeitar como heresia antibíblica, o que este é na verdade, os modernos eruditos evangélicos tentam reconciliá-lo de um modo a permitir que a Bíblia continue como autoritativa em algum sentido. No primeiro capítulo do seu livro, Scalise, claramente e sem hesitação, rejeita a aproximação da Escritura dos "fatos da revelação", a qual aceita a Bíblia como historicamente o registro exato da infalível revelação divina (ps. 28-31). Scalise não acredita que Moisés tenha escrito o Pentateuco sob inspiração divina, nem que os registros dos milagres no Velho Testamento sejam exatos. Ele acredita que o Pentateuco foi escrito por editores anônimos, um século depois (p. 56). Ele acredita que as carruagens do Egito perseguindo Israel "emperraram na lama" (p. 39), em vez de terem sido vencidas por um milagre divino, dividindo e restaurando as águas. Ele concorda com Karl Barth que o Livro de Números contém tanto história como "saga histórica" (p. 49). Ele acredita que porções de Amós foram acrescentadas por um editor desconhecido (p.56). Ele acredita que a visão da Bíblia como sendo histórica é perigosa (p.79), nem crê que os salmos sejam escritos históricos (p. 78). Ele crê que o Apóstolo Paulo escreveu o Livro de Efésios, mas não que este tenha sido dirigido às igrejas de Éfeso e nem que este seja importante (p. 58). Scalise deseja permitir que os livros apócrifos sejam aceitos como canônicos (p. 60-61). Ele recomenda uma aproximação com o cânon bíblico, o qual tem um "centro firme com lâminas obscuras" . Ele diz que "a Bíblia é a Palavra de Deus porque Deus fala através dela" (p. 22). Esta é a falsa visão subjetiva de Barth da Escritura. De fato, a Bíblia é a Palavra de Deus, porque ela é a Palavra de Deus, a despeito do que o homem sinta que Deus esteja falando através dela. Scalise não aprecia a "visão negativa da tradição" que veio da Reforma Protestante e acredita que os protestantes e os católicos simplesmente se desentenderam entre si (p.73). Ele acredita ser possível reconciliar as diferenças da exigência de que a Bíblia seja interpretada dentro do contexto da tradição eclesiástica (p. 74). De fato, se a Bíblia deve ser interpretada pela tradição, então a tradição se torna superior a ela em autoridade. No prefácio do livro, Scalise diz que foi dirigido pela visão textual da crítica à Bíblia, durante os seus anos de estudos no seminário teológico de Tübingen, Alemanha [N. T. - O mesmo onde Hans Kung e Ratzinger foram professores].

Fatos Misturados - O Fuller iniciou a sua aproximação com os seminários católicos nos anos 1970, na busca por estudantes. Um dos primeiros estudantes católicos foi Paul Ford, o qual continuou como professor de teologia e liturgia no St. John Seminary, em Camarillo, Califórnia. No jornal "Theology, New and Notes", de março 1993, Ford descreve sua experiência no Fuller, mostrando como este era pró-católico. Ele diz que os professores David Hubbard e Jack Rogers visitaram o seu mosteiro católico e que o professor Paul Jewett foi o apresentador, ali, da Semana de Oração para a Unidade Cristã. Uma edição de 2002 do jornal do Fuller - Focus - publicou a entrevista com uma freira católica, falando de sua experiência como estudante no Fuller. Ela disse: "Acho que o Fuller é um bom lugar para a mulher católica estudar, a fim de ser levada a sério no ministério".

A partir dos anos 1970, o Seminário Fuller tem sido fortemente influenciado e associado aos pentecostais e carismáticos. Russell Spittler, das Assembléias de Deus, tem sido um membro da Faculdade, desde 1976. Em 1996, ele foi eleito administrador maior (provost?) e vice-presidente aos acadêmicos. Ele é um ecumenista, freqüentemente envolvido nos diálogos. Nos passados anos 1980, o Fuller convidou John Wimber para dar um curso intitulado "MC510, Sinais, Maravilhas e Crescimento da Igreja". Ele advertia contra o "ser rígido demais" e ser "fortemente orientado pela palavra escrita" (Counterfeit Revival, p. 109). Poderíamos dizer algo semelhante como se ele estivesse apenas tentando promover coisas que não estivessem de acordo com a Palavra de Deus. O salmista disse sobre a palavra escrita: "Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho" (Salmo 119:105). É impossível ser por demais orientado em direção à Bíblia! Em seu seminário de cura, Wimber fez a seguinte declaração: "É maligno esconder-se por trás de doutrinas bíblicas que impeçam a obra do Espírito"... A igreja atual está praticando esse mal em nome da sã doutrina e está impedindo a obra do Espírito Santo." ("Healing Seminar Series", citado do "Testing the Fruit of the Vineyard", por John Goodwin). Wimber teve grande influência através dos seus livros, conferências e do Vineyard Fellowship of Churches, que ele manteve até a sua morte, em 1997.

Outro professor do Fuller, C. Peter Wagner, apoiou Wimber em sua falsa doutrina e continuou a ser uma das vozes mais influentes no movimento da guerra espiritual. Ouvi tanto Wagner como Wimber falarem em 1990, no Congresso Norte Americano sobre o Espírito Santo e a Evangelização Mundial, em Indianápolis. Eles se sentiam inteiramente à vontade, com os 10.000 ou mais católicos romanos, que ali freqüentavam. A mensagem final da conferência foi entregue pelo padre católico Tom Forrest, o qual disse, em uma de suas mensagens, que louva a Deus pelo purgatório, por saber que esse é o único caminho para se chegar ao céu. [N. T. - Então, onde fica João 14:6?].

O livro de Wagner, de 1998, "New Apostólic Reformation", promove heresias carismáticas, tais como: línguas (na verdade, sons ininteligíveis), profecias, convulsões espirituais, mapeamento espiritual, demônios territoriais e amarração do diabo. Wagner escreveu o prefácio de um dos livros de Robert Schüller, dizendo: "Estou pessoalmente endividado com Robert Schüller por muito do que falo e escrevo." Schüller tem redefinido o Evangelho segundo a sua teologia da auto-estima. Ele diz que "definir o pecado como rebelião contra Deus é "superficial e insultante ao ser humano" (Self-Esteem: The New Reformation, p. 65). De acordo com Schuller, nascer de novo significa que devemos "mudar de uma auto-imagem negativa para uma positiva" (p. 68). Pecado é "qualquer ato ou pensamento que me roube ou roube de outro ser a sua auto-estima" (p. 14). Inferno é "a perda do orgulho, a qual, naturalmente, se segue à separação de Deus" (ibid). "Cristo foi encarnado na auto-estima" (p. 135).

Durante o biênio 1984/1985, Raymond Brown foi palestrante no seminário Fuller. Brown era um católico romano liberal, negava a Divindade do Senhor Jesus Cristo e era ativo no Concílio Mundial de Igrejas. Em 1984, o professor do Fuller, Lewis Smedes, publicou um livro intitulado "Sex For Christians". Ele afirma que "milhares de homossexuais vivem existências altamente morais e freqüentemente vidas profundamente religiosas." E que o homossexual "deveria simplesmente recusar-se a aceitar um fardo de culpa pela sua condição", pois ele é "uma vítima de acidente biológico ou da tolice de alguém". ("Sex For Christians", os. 65-71).

Em Novembro de 1986, o Seminário Fuller inaugurou o "Centro du Plessis para a Espiritualidade Cristã". Du Plessis, falecido em 1987, foi uma figura chave para quebrar as paredes de separação entre os pentecostais, os teólogos modernistas e os católicos romanos. Ele foi o único pentecostal a ser convidado para assistir ao Concílio Vaticano II, nos anos 1960, e afirmava que Deus diluiu a sua resistência à missa, orações a Maria e outros dogmas católicos. Na verdade, ele foi iludido e estava seguindo mais as "visões e vozes" pentecostais do que as Escrituras. Ele foi o único não católico romano a receber a "Comenda Benemerente" (Benemerent Award), a honra máxima outorgada pelo papa.

O Seminário Fuller tem mantido conversas ecumênicas com a Igreja Católica Romana, desde 1987. Em 2001, o comitê a cargo dessas conversas conseguiu que duas congregações se juntassem ao diálogo, compartilhando um culto comum de adoração (Calvary Contender, 01/08/2001).

O Fuller tem há muito promovido mulheres a pastoras. O presidente do Fuller, David Hubbard, reuniu 200 eminentes líderes evangélicos para assinarem a declaração de 1990, afirmando a igualdade entre homens e mulheres. A declaração apareceu na revista "Christian Today" de 09/04/1990. Ele disse que "na igreja o reconhecimento público é dado tanto a homens como a mulheres que exercem ministérios de serviço e liderança". Um artigo no jornal "The Independent", Hunting Beach, Califórnia, de 20/11/2003, continha o testemunho de Jude Secor, a qual havia sido educada acreditando que uma mulher não podia ser pastora. Após ter freqüentado o Fuller, "ela ficou surpresa ao descobrir ser a única no seminário que ainda tinha um preconceito contra mulheres pastoras". Desse modo, ela se tornou co-pastora no Goldenwest Vineyard Christian Fellowship e quando o seu marido faleceu, ela continuou ali como pastor sênior.

Stang-Yang Tan, diretor do programa "Doctor of Psychology", no Seminário Fuller, foi um dos freqüentadores da conferência "Personal Spiritual Renewal", em outubro de 1991. Ele foi hospedado pela Renovaré, uma organização fundada por Richard Foster. Falando nas sessões vespertinas, Foster exaltou o papa João Paulo II como um "poderoso talento do movimento católico" e apelou a uma unidade no "corpo de Cristo", através das "cinco vertentes do Cristianismo: a contemplativa, a santificadora, a carismática, a da justiça social e a evangélica." Ele promovia técnicas de meditação ocultista, tais como as imaginações guiadas e a visualização. Outro orador foi o membro do Renovare Steering Commitee, a Irmã Bernard, uma freira católica que está envolvida com o diálogo budista-católico romano. O professor Tan, do Fuller, "frisou a necessidade de se integrar a psicologia com a espiritualidade". E advogou a cura interior, a cura das memórias e outras técnicas ocultistas de visualização (Christian Information Bureau Bulletin, dez. 1991).

Em 1993, Donald Hanger foi instalado no Fuller como o "Professor do George Eldon Ladd de Novo Testamento". Em seu discurso de posse ele disse: "É difícil imaginar algo mais debilitador à obra de um erudito bíblico do que a insistência a priori sobre a inerrância." Ele expressou os seus agradecimentos por ter o seminário descartado essa "doutrina sem razão, desnecessária e desviante". ("Theology, News and Notes", junho, 1998). Ele disse ainda: "Não é preciso afirmá-la para ser ou se tornar evangélico".

Em dezembro de 1995, o Seminário Fuller hospedou uma reunião do Concílio Mundial de Igrejas (CMI), uma das organizações mais teologicamente liberais do mundo. O professor Arthur Glaser tem estado por muitas décadas na liderança para unir os evangélicos ao CMI. Ele foi um delegado eleitor do encontro do CMI em Bankok, em 1973. Em novembro de 1993, o CMI patrocinou e reorganizou a conferência em Mineápolis, Minesota, com oradores como Dolores Williams, que disse: "Não acho que precisemos absolutamente de uma teoria de separação... Não acho que precisemos de pessoas penduradas em cruzes, esvaindo-se em sangue, nem de estofo sobrenatural... precisamos somente escutar o Deus interior". E Virginia Mollenkott, que disse: "Já não posso adorar no contexto teológico que pinta Deus como um pai abusivo [referindo-se à morte de Cristo na cruz] e de Jesus como um filho obediente e confiante". A patrocinada conferência do CMI descreveu uma ovação de pé a um grupo de umas 100 "lésbicas bissexuais e mulheres transexuais" que se reuniam na plataforma. Na manhã do domingo, os conferencistas se reuniram para repetir uma oração a Sofia: "Nossa criadora Sofia, somos mulheres à tua imagem... Nossa guia Sofia, somos mulheres à tua imagem!" A sétima assembléia do CMI, que teve lugar em Camberra, Austrália, foi aberta com vestuário e penachos de aborígine com os corpos pintados, dançando ao redor do altar, ao som dos tambores. Um dos oradores foi o antes mencionado Chung Hyun Kyung, o qual convocou os espíritos dos falecidos e o "espírito da terra, do ar e da água". Ele disse: "Também sei que não mais creio num Deus onipotente macho guerreiro, o qual resgata todos os bons e castiga todos os maus sujeitos." Em 1991, Wesley Ariarajah, diretor do diálogo entre fés do CMI, disse que "todas as fés religiosas são uma com Deus, portanto é inconcebível para mim que um hinduísta, um budista ou qualquer outro fique fora de Deus. Minha compreensão do amor de Deus é ampla demais para que eu creia que apenas este segmento chamado igreja cristã seja salva. Se você é um cristão, então deve ser aberto e amplo, não estreito nem exclusivista". (Citado no Australian, em 11/02/1991). Esse é o tipo de coisas que o seminário Fuller tem promovido em seu companheirismo com o CMI. (para mais informações, ver o livro "The World Council of Churches" que faz parte da série "Issues Facing the Churches", o qual pode ser obtido através do Way of Life literature - P.O Box, 610.368, Port Huron, MI 48061).

Em janeiro de 1997, o Fuler hospedou um seminário de dois dias que explorava a teologia do pluralismo. O seminário apresentou Donald Theimann, deão radicalmente liberal da Harvard Divinity School, e o Rabino A. James James Rudin, ambos concordando em que "nenhuma religião tem o monopólio da verdade" (Foundation Magazine, janeiro/fevereiro, 1997).

O registro seguinte é de primeira mão, por um pastor que visitou o Fuller, em 1999: "Minha esposa e eu visitamos o Seminário Fuller em 21/07/1999... Assistimos a uma aula dada pelo Dr. John Goodgay na Escola de Teologia. O Dr. Goodgay possui grande empatia com a sua classe, sendo um dos professores mais populares no campus. Ele disse à classe que não existe qualquer evidência de que a cidade de Jericó tenha existido no lugar ou de que os seus muros tivessem caído. Referindo-se à narrativa histórica, ele disse: "Talvez isso seja apenas uma parábola". Esta é uma evidência de que a descrença e negação das Escrituras está viva e ativa, hoje em dia, no campus do Fuller. Hebreus 11:30 declara: "Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias". Ou a Bíblia está certa ou o Dr. Goodgay está errado!" (Dr. Arthur B. Houk, Colorado (Houk@asporingsips.com).

Em janeiro de 2001, um avanço ecumênico chamado "The Foundation for a Conference on Faith and Order in North America" foi estabelecido no Seminário Teológico de Princeton. Membros da liderança executiva, incluíam o arcebispo católico, William Keeler, o arcebispo grego ortodoxo Dimitrios e o presidente do Seminário Fuller, Richard Mowie. A fundação é encarregada de expandir suas fronteiras e alistar "novos sócios no avanço ecumênico".

Em 2001, a Igreja Presbiteriana Liberal dos USA elegeu Jack Rogers, ex-professor do Fuller, como moderador. Na mesma reunião a PCUSA [sigla da igreja supra citada em Inglês] hasteou sua bandeira, ao ordenar um clérigo homossexual. Harold Ockenga disse que o Novo Evangelicalismo se encarregou de infiltrar denominações liberais em lugar da separação das mesmas.

Já podemos ver os bons frutos disso! Rogers rejeita a historicidade de Gênesis 1-3. Em janeiro de 2003, cinqüenta líderes eclesiásticos de 30 denominações reuniram-se no Seminário Fuller para deslanchar uma nova aliança ecumênica chamada "Christian Churches Together in the USA" . "A nova aliança será a mais ampla coalizão ecumênica já formada na história dos USA, representando a as igrejas: Episcopal (Anglicana), Evangelicalista, Ortodoxa, Pentecostal, Católica Romana e Protestante". (Foundation, março/abril 2003). O bispo católico romano Ted Brown, que participou desse encontro, falou: "Acho que jamais aconteceu algo semelhante a esta tentativa, antes, neste país".

Uma advertência aos fundamentalistas - A descida rápida do Seminário Fuller rumo à apostasia é uma sonora advertência aos fundamentalistas de hoje. Quando o Fuller foi organizado, nos passados anos 1940, era uma instituição fundamentalista. Seu fundador, Charles E. Fuller, da "Old Fashioned Revival Hour", era um fundamentalista que desejava estabelecer uma escola para a defesa da fé do Novo Testamento. Harold Lindsay, que foi um dos quatro primeiros membros da faculdade, disse: "Desde o princípio foi declarado que um dos principais objetivos do seminário era ser uma instituição apologética... Houve um acordo, desde a concepção da Escola, que através do currículo do seminário a Faculdade iria prover a melhor defesa teológica da infalibilidade e inerrância da Bíblia".

Conforme temos visto, esse objetivo foi depressa abandonado. Ao negligenciar a separação bíblica e focalizar a erudição, em vez da simples fé na Palavra de Deus, a Escola se transformou numa confusa miscelânea de compromisso espiritual e doutrinário, e de apostasia, em lugar de ser um bastião da verdade bíblica.

Isso é exatamente o que acontecerá a toda igreja fundamentalista que se recusar a praticar a separação, hoje em dia.

"Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?... Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes". (1 Coríntios 5:6; 15:33).



David Cloud

Tradução de Mary Schultze (CPR), setembro 2005

(www.wayoflife.org/fbns/unbeliefat.htm
DEPUTADOS ABORTISTAS
Autor:
Fonte: enviado por Júlio Severo

23/08/2008



Prezados amigos:


O projeto de lei n. 1135/91 pretende legalizar o aborto no Brasil em qualquer caso e por qualquer motivo, desde a concepção da criança até o momento de seu nascimento. A última redação desse projeto de lei foi elaborada por uma comissão nomeada pelo sr. Presidente Lula (ver: http://www.portaldafamilia.org/scpainel/lula_aborto.shtml ). Esse projeto foi rejeitado por unanimidade na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), em 7 de maio deste ano, e por maioria de 57 votos contra 4 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal, no dia 9 de julho seguinte.

Para que o projeto permaneça em discussão e vá à votação no plenário o dep. José Genoíno (PT/SP) apresentou um requerimento que foi assinado por mais 62 deputados. Nesta mensagem, apresentamos a lista completa dos deputados que assinaram o requerimento do dep. José Genoino, para que o aborto seja legalizado no Brasil. Esses deputados são inimigos da vida humana e é dever de todos trabalhar para que não sejam reeleitos.

Essa lista deve ser amplamente divulgada, para que o povo brasileiro saiba quem são os deputados que fazem parte da bancada da morte.


Atenciosamente,

Rodrigo R. Pedroso
Membro da Comissão de Defesa da República e Democracia - OAB/SP.




LISTA DOS DEPUTADOS FEDERAIS
(por estado e partido)
QUE ASSINARAM O RECURSO, para que o Plenário da Câmara dos Deputados delibere sobre o PL 1.135/91
(Descriminalização do Aborto)
ACRE (01)
Nilson Mourão - PT/AC
AMAPÁ (03)
Dalva Figueiredo - PT/AP
Evandro Milhomen - PCdoB/AP
Janete Capiberibe - PSB/AP
AMAZÔNIA (01)
Vanessa Grazziotin - PCdoB/AM
BAHIA (06)
Nelson Pellegrino - PT/BA
Zezéu Ribeiro - PT/BA
Daniel Almeida - PCdoB/BA
Alice Portugal - PCdoB/BA
Roberto Britto - PP/BA
Severiano Alves - PDT/BA
CEARÁ (04)
José Guimarães - PT/CE
Eudes Xavier - PT/CE
Chico Lopes - PCdoB/CE
Flávio Bezerra - PMDB/CE
DISTRITO FEDERAL (01)
Magela - PT/DF
ESPÍRITO SANTO (01)
Iriny Lopes - PT/ES
GOIÁS (01)
Rubens Otoni - PT/GO
MARANHÃO (02)
Domingos Dutra - PT/MA
Sarney Filho - PV/MA
MINAS GERAIS (03)
Virgílio Guimarães - PT/MG
Jô Moraes - PCdoB/MG
Edmar Moreira - DEM/MG
MATO GROSSO (01)
Carlos Abicalil - PT/MT
MATO GROSSO DO SUL (01)
Antônio Carlos Biffi - PT/MS
PARÁ (04)
Paulo Rocha - PT/PA
Beto Faro - PT/PA
Zé Geraldo - PT/PA
Asdrubal Bentes - PMDB/PA
PARANÁ (02)
Angelo Vanhoni - PT/PR
Max Rosenmann - PMDB/PR
PERNANBUCO (07)
Pedro Eugênio - PT/PE
Fernando Ferro - PT/PE
Maurício Rands - PT/PE
Raul Jungmann - PPS/PE
Silvio Costa - PMN/PE
Ana Arraes - PSB/PE
Inocêncio Oliveira - PR/PE
RIO DE JANEIRO (05)
Jorge Bittar - PT/RJ
Carlos Santana - PT/RJ
Edmilson Valentim - PCdoB/RJ
Chico Alencar - PSOL/RJ
Brizola Neto - PDT/RJ
RIO GRANDE DO NORTE (01)
Sandra Rosado - PSB/RN
RIO GRANDE DO SUL (04)
Marco Maia - PT/RS
Luciana Genro - PSOL/RS
Pompeo de Mattos - PDT/RS
Darcísio Perondi - PMDB/RS
RONDÔNIA (01)
Eduardo Valverde - PT/RO
RORAIMA (01)
Francisco Rodrigues - DEM/RR
SÃO PAULO (13)
José Genoíno - PT/SP
Paulo Teixeira - PT/SP
Jilmar Tatto - PT/SP
Vicentinho - PT/SP
Cândido Vaccarezza - PT/SP
Devanir Ribeiro - PT/SP
José Mentor - PT/SP
Cláudio Magrão - PPS/SP
Arnaldo Jardim - PPS/SP
Ivan Valente - PSOL/SP
Regis de Oliveira - PSC/SP
Paulo Pereira da Silva - PDT/SP
Dr. Ubiali - PSB/SP






AO TODO 63 DEPUTADOS ASSIM DIVIDIDOS POR PARTIDO
1. PT
2. PC do B
3. PSB
4. PDT
5. PMDB
6. PSOL
7. PPS
8. DEM
9. PMN
10. PR
11. PV
12. PSC
13. PP

31 Deputados (49,20 %)
07 Deputados (11,11 %)
07 Deputados (11,11 %)
04 Deputados (6,33 %)
04 " "
04 " "
03 " (4,76 %)
03 " "
02 " (3,17 %)
01 " (1,58 %)
01 " "
01 " "
01 " "
Site em português:http://www.juliosevero.com/
English Blog: http://www.lastdayswatchman.blogspot.com/

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Texto do Pr. Ed René Kivitz

Como Deus cuida de mim
Que vantagem há em crer em Deus num mundo onde todos sofrem?Letícia era uma mulher cheia de vida e entusiasmada com o evangelho recém descoberto. Ao final de 2004 me disse que queria ser batizada. Num sábado pela manhã, subiu em banquinho para arrumar a jardineira, e caiu do segundo andar de sua bela casa, falecendo logo em seguida, no Hospital. Os amigos me disseram que nunca haviam visto o Flávio tão feliz como nesses dias. Três filhos cursando medicina e um feliz casamento, cheio de romance. Numa manhã de sábado, levantou-se para ir ao banheiro, e na volta para cama, desabou sob um infarto fulminante. Marina tirou a sorte grande, diziam as amigas com uma certa dose de inveja. Conseguiu o marido dos sonhos: bonito, rico, bom caráter, e melhor de tudo, um cristão sério. Algumas diziam que merecia: bonita, séria com Deus e dedicada na Igreja (filha do Pastor), era uma menina sofrida - seu primeiro noivo, com quem teria se casado, faleceu. Agora estava feliz. Marcelo era o marido perfeito de um casamento perfeito que já durava 5 anos. Numa noite de quinta-feira Marina desconfiou de uma mensagem deixada no celular do marido, e no domingo seguinte estava sozinha. Marcelo confessou que a traía havia mais de 3 anos, e que agora estava apaixonado por uma namorada do trabalho, com quem estava se relacionando nos últimos 3 meses. Acompanhei essas histórias (reais, porém com nomes fictícios) neste mês de fevereiro, logo após meu retorno das férias. Já não me espanto mais diante de notícias ruins, e infelizmente, desenvolvi um jeito de seguir em frente sem pensar muito em tudo o que vejo e vivencio no dia-a-dia da atividade pastoral. Faço minhas as palavras do Rabino Harold Kushner: "tenho muita dificuldade em dizer que a vida é bela e que Deus dá o que cada um merece e precisa. Inúmeras vezes deparei-me com famílias e até mesmo comunidades inteiras unidas em oração pela cura de um enfermo - e vi suas esperanças e orações serem completamente desprezadas. Vi pessoas "erradas" adoecerem, pessoas "erradas" serem brutalmente golpeadas pelo destino, jovens "errados" morrerem". Há alguns anos minha mãe me presenteou com um pedaço de papel amarelado, onde alguém registrou minha primeira oração: "Papai do Céu, traz meu papai de volta para casa no Natal". Meu pai nunca voltou. Não comecei muito bem minha peregrinação pelos caminhos da oração e intercessão. Acho que meu pai foi um desses "jovens errados" referidos pelo Kushner. Por essas e tantas outras, fui obrigado a re-significar o que me ensinaram a respeito de Deus e seus caminhos. Precisei buscar uma nova interpretação e compreensão para textos da Bíblia como: Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos, pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite. É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera! [Salmo 1.1-3] Pois no dia da adversidade ele me guardará protegido em sua habitação; no seu tabernáculo me esconderá e me porá em segurança sobre um rochedo. [Salmo 27.5] Confie no Senhor e faça o bem; assim você habitará na terra e desfrutará segurança. [Salmo 37.3] Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, descansa à sombra do Deus onipotente... Ele o livrará do laço do caçador e do veneno mortal. Ele o cobrirá com as suas penas, e sob as suas asas você encontrará refúgio; a fidelidade dele será o seu escudo protetor. Você não temerá o pavor da noite, nem a flecha que voa de dia, nem a peste que se move sorrateira nas trevas, nem a praga que devasta ao meio-dia. Mil poderão cair ao seu lado, dez mil à sua direita, mas nada o atingirá. Se você fizer do Altíssimo o seu abrigo, do Senhor o seu refúgio, nenhum mal o atingirá, desgraça alguma chegará à sua tenda. Porque a seus anjos ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos; com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra." [Salmo 91] Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Contudo, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês. Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados. Portanto, não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais! [Mateus 10.28-31] Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre. [Hebreus 13.8] O que se entende por "o justo prosperará em tudo"? Isso significa que o cristão tem o fator Deus como vantagem competitiva quando em um processo de seleção para novo emprego ou numa concorrência no mercado? Que tipo de segurança é prometida por Deus? De quais pragas, pestes e desgraças estão livres os filhos de Deus? O fato de Deus saber quantos fios de cabelo temos significa que Ele está cuidando de nós nos mínimos detalhes? E esse tal "consentimento", quer dizer que Deus fica de braços cruzados enquanto as coisas ruins nos acontecem? Além destes poucos textos (escolhidos aleatoriamente à título de exemplo), precisei buscar melhores explicações para o casuísmo bíblico. Em primeiro lugar, me embaracei com as biografias bíblicas: devemos considerar os relacionamentos entre Deus e homens como Abraão, Moisés, Davi e Paulo como paradigmáticos para o nosso próprio relacionamento com Deus? Deus cuida de nós da mesma maneira como cuidou de José no Egito, Daniel na cova dos leões, e Pedro na prisão? Em segundo lugar, o casuísmo bíblico registra milagres extraordinários protagonizados não apenas por Jesus, mas também pelos profetas e apóstolos. Alguém seria capaz de demonstrar que os milagres ocorrem hoje na mesma intensidade e volume que ocorriam no período bíblico? Podemos esperar que Deus cure nossos enfermos da mesma maneira que Jesus curava às margens do Mar da Galiléia, já que "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre"? Enfim, a pergunta que usei como porta de entrada para meu processo de re-significação da minha fé foi: Como Deus cuida de mim? Encontrei pelo menos quatro respostas. Deus cuida de mim interferindo em minhas circunstâncias. Mas, dificilmente, ou mais precisamente quase nunca, sei com certeza se o que me aconteceu ou deixou de acontecer foi resultado de uma ação direta de Deus. Ao ler na Bíblia que nenhum pardal cai no chão sem o consentimento de Deus, e que até mesmo os cabelos da nossa cabeça estão todos contados por Deus, de modo que não precisamos viver amedrontados [Mateus 10.29-31], assumo isso como verdade e relaxo. Creio que devo viver seguro de que nada acontece em minha vida sem que Deus tenha, no mínimo, permitido que acontecesse. Deus nunca é pego de surpresa a meu respeito, e nenhuma de minhas circunstâncias escapa ao seu controle. Não me ocupo em ficar procurando a mão de Deus ao meu redor. Não preciso explicar todos os fatos como causados por Deus, nem tento ficar espiritualizando e explicando tudo o que se passa comigo como "Deus fez isso, Deus não fez aquilo". Minha sensação é mais ou menos a do menino que quer brincar à beira do mar e ouve o pai dizer: "Pode ir, o papai vai ficar aqui olhando você". No meu caso é assim: corro em direção à água e brinco despreocupado. Sei que meu Pai está olhando por mim, e que em qualquer eventualidade Ele não apenas saberá o que fazer, como também terá poder para fazer. Confio que Ele fará o melhor, pois além de sábio e poderoso, meu Pai tem mais uma característica: Ele me ama Deus cuida de mim capacitando-me para enfrentar qualquer situação. É desta maneira que interpreto "tudo posso naquele que me fortalece" [Filipenses 4.13]. Esse "tudo posso" não diz respeito a passar no vestibular, ganhar um emprego, arrumar uma namorada, ou qualquer outra coisa a respeito da manipulação das minhas circunstâncias. "Tudo posso" significa que "aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura" [Filipenses 4.12]. Caso interpretássemos o "tudo posso" da maneira tradicional: "posso conseguir tudo o que quero", não teríamos como explicar porque o mesmo Paulo, apóstolo, não conseguiu se livrar de seu "espinho na carne". Nesse caso, o "tudo posso" significa "posso conviver com um espinho na carne", pois a graça de Deus é suficiente para me manter em pé e saudável mesmo convivendo com um espinho na carne, pois "o poder de Deus me faz forte" [2Coríntios 12.7-10]. Deus cuida de mim cooperando comigo para dar significado positivo a todas as minhas circunstâncias, inclusive para transformar em bem o mal que veio contra mim. O ensino bíblico que promete que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus" deve ser interpretado à luz de duas observações. Em primeiro lugar, o "bem" prometido não é circunstancial, isto é, "Deus impede você de ganhar 1.000 porque Ele quer lhe dar 100.000". O conceito que Deus tem de "bem" é fazer de mim alguém semelhante ao filho dEle, para que Jesus seja o primogênito dentre muitos irmãos. Mas em segundo lugar, a promessa de que todas as coisas cooperam para o bem", geralmente compreendida como "Deus manipula todas as circunstâncias para que seus filhos sejam favorecidos no final" pode e deve ser interpretada de outra maneira, como, por exemplo, sugere a nota de rodapé da Bíblia Nova Versão Internacional: "Sabemos que em todas as coisas Deus coopera juntamente com aqueles que o amam, para trazer à existência o que é bom" [Romanos 8.28,29]. Essa tradução apresenta Deus, não como um solucionador de problemas ou manipulador de circunstâncias, mas como parceiro dos seus filhos, ocupado em conduzí-los à maturidade e torná-los capazes de andar com suas próprias pernas mesmo em situações difíceis e dias maus. Creio que esta é a experiência de Davi: "Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem" [Salmo 23.4], e também a convicção de José, no Egito: "vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem" [Gênesis 50.20]. Creio que por trás da minha história, Deus está escrevendo a dEle, e que em alguns momentos, mesmo o mal que me acontece, é usado por Deus para o meu bem. Finalmente, Deus cuida de mim preservando minha integridade espiritual. Sei que o ser humano é uma unidade indivisível corpo+espírito, mas mesmo assim escolho a palavra "espiritual" para expressar a idéia de que o mal pode tocar meu corpo, meus bens, minhas circunstâncias, mas não pode causar nenhum dano em meu relacionamento com Deus ou abalar minha identidade mais profunda, que a Bíblia chama de "homem interior" [2Coríntios 4.16-18], a menos que eu permita. Nesse sentido é que todos os cristãos somos mais do que vencedores, pois sabemos que "nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" [Romanos 8.38,39]. Essa "proteção espiritual" é o real significado do Salmo 91, por sinal um Salmo messiânico, que promete que Jesus "pisará o leão e a cobra; pisoteará o leão forte e a serpente" [Salmo 91.13]. Por isso João, apóstolo, expressou sua convicção que "todo aquele que é nascido de Deus não está no pecado; aquele que nasceu de Deus o protege, e o Maligno não o atinge" [1João 5.18]. Destas maneiras creio que Deus cuida de mim: interferindo em minhas circunstâncias, dando-me condições de viver bem em qualquer situação, cooperando comigo para extrair o bem de tudo o que me acontece, e cerceando todo o poder do mal contra mim, de modo que nosso relacionamento de amor jamais seja abalado. Gosto de Viktor Frankl quando diz que "se a situação é boa, desfrute-a; se a situação é ruim, transforme-a; se a situação não pode ser transformada, transforme-se". Isto é, quando amanhece chovendo, e Deus, em sua perfeita economia, decide não atender meu pedido por sol, eu saio na chuva mesmo. Ultimamente, para falar a verdade, quando amanhece chovendo, eu fico um bom tempo na janela tentando perceber de Deus se o melhor que poderia acontecer não seria a chuva. Já aprendi que não vim ao mundo para fazer pic-nic.